O governo do Estado, através das Polícias Civil e Militar, confirmou que 119 pessoas morreram na megaoperação que aconteceu ontem, terça-feira (28), nos Complexos da Penha e do Alemão. Desse total, quatro eram policiais, sendo dois civis e dois militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O restante, 115, foram classificados pela polícia como “narcoterroristas”. O balanço conta ainda com 113 presos, sendo 33 de outros Estados; 10 menores apreendidos; 118 armas apreendidas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver; 14 artefatos explosivos e toneladas de drogas que ainda estão sendo contabilizadas.
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Uma das imagens que chamou mais atenção na manhã desta quarta-feira (29), foi a fileira de corpos organizada pelos moradores do Complexo da Penha. Segundo o secretário de Polícia Civil, o delegado Felipe Curi, em entrevista coletiva hoje, as pessoas que removeram os corpos da mata, serão investigadas por fraude processual.
Ele ainda revelou que muitos dos suspeitos que entraram na mata estavam uniformizados com roupas camufladas, que foram retiradas quando os corpos foram expostos.
Curi ainda rebateu críticas que as polícias vêm recebendo sobre a operação, chamando as pessoas de “narcoativistas” e “engenheiros de obra pronta”. O Secretário Estadual de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a letalidade da ação era “previsível”, dado o contexto de mais de nove milhões de metros quadrados em “desordem”, nas comunidades do Complexo da Penha e Alemão.
Segundo a polícia, a estratégia utilizada, de tirar os criminosos das edificações e deslocá-los para a área de mata, teve a intenção, segundo o secretário da Polícia Militar, o coronel Marcelo de Menezes, de proteger a população.
Estado confirma 119 mortos.

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