Na madrugada desta quinta-feira (18), um grupo de homens armados e encapuzados invadiu o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com informações da secretaria de Saúde, após renderem os seguranças, eles teriam seguido para o centro cirúrgico, em busca de um paciente, apontado como testemunha de casos contra os suspeitos, mas ele havia sido transferido para a enfermaria. Pouco depois, o grupo deixou a unidade.
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Segundo a Polícia Militar, um cerco foi montado no local e o paciente foi transferido para outra unidade de saúde, com escolta policial. Durante a invasão, profissionais foram impedidos de transportar exames e bolsas de sangue pelo hospital, de acordo com a secretária municipal de Saúde.
No vídeo, um dos integrantes do grupo aparece vestindo um uniforme da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE).
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou que unidades de saúde da cidade tiveram problemas no funcionamento mais de 500 vezes após questões de segurança.
“Eles entraram atrás de um paciente que foi baleado, tentando executá-lo. Foram até o centro cirúrgico, mas ele já havia descido para a enfermaria. Essa situação é muito crítica, porque os bandidos não respeitam mais os hospitais. Quinhentas e dezesseis vezes este ano as unidades tiveram que parar de funcionar devido à insegurança pública, devido à dificuldade da segurança pública em manter a ordem nos territórios”, afirmou Daniel Soranz.
Mais tarde, o secretário de Segurança Público do Estado, Victor Santos, criticou a informação de Soranz.
“Ele dizer ao vivo que existem 516 ocorrências envolvendo hospitais em segurança pública, isso é uma mentira. Hoje não temos nem 20% de ocorrências envolvendo hospitais e unidades do município”, afirmou o secretário.
Em nota, a Polícia Civil informou que agentes da 36ª DP (Santa Cruz) investigam o caso.
“Agentes da unidade realizam diligências neste momento para identificar e capturar os criminosos. A ocorrência está em andamento“, diz a nota.
*Com informações do G1 e CNN Brasil.
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