Através de um vídeo, publicado ontem, quinta-feira (23), o prefeito de Rio Bonito, Marcos Abrahão, fez revelações importantes de como, segundo ele, encontrou a Prefeitura quando assumiu o mandato. Folhas de pagamento atrasadas, recursos sendo usados de maneira incorreta e até remédios vencidos foram algumas das questões expostas.
No vídeo, o prefeito menciona que no final do ano passado, entre outras situações, que o recurso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb, foi usado para pagar “contratos escusos”.
“Só para que vocês tenham ideia do que aconteceu, ele raspou os cofres do município até o último dia de dezembro, ou seja, até o dia 31, ele gastou R$ 5 milhões do Fundeb e não pagou os funcionários. Aonde ele gastou o dinheiro? Pagando contratos escusos. Contratos esses que nós estamos até agora querendo entender porque foi paga essa quantia exorbitante de dinheiro no final do ano e não pagou os funcionários”, indaga.
Outros contratos revelados pelo prefeito, esses da área de transporte, também eram gastos valores milionários. Segundo Marcos, eram gastos R$ 4,5 milhões em contratos de automóveis e R$ 4 milhões somente em combustível.
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Abrahão lembrou também que aposentados e funcionários da ativa ficarem sem pagamento. Ele disse que não havia se pronunciado antes porque sua equipe estava buscando todas as informações necessárias para que ele pudesse expor a situação à população.
“Para não ser leviano, nós fomos levantar primeiro todas as informações que nós precisávamos. Encontramos cinco folhas de pagamento em atraso, três de aposentados e pensionistas e as outras duas dos funcionários do nosso município”.
Segundo ele, não havia comida, remédios e nem refrigeração adequada na UPA. “Um calor infernal”, disse Abrahão. Mas a situação não para por aí, de acordo com ele, no setor do almoxarifado milhares de frascos de soro e remédios estavam vencidos e armazenados de forma inadequada.
O Hospital Regional Darcy Vargas, que está sob intervenção do município desde 2021, também foi citado no pronunciamento. Nele, dos 136 leitos, apenas seis estavam ocupados, revelou o chefe do Executivo, apesar de muitos munícipes estarem na fila para realização de exames e procedimentos cirúrgicos.
Por Lívia Louzada
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