Gripe, dengue ou covid-19? Infectologista explica como diferenciar sintomas

O Rio de Janeiro vive a maior epidemia de dengue da história, de acordo com projeções da Secretaria Estadual de Saúde
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Foto: Renan Areias/Agência O Dia

O Rio de Janeiro vive a maior epidemia de dengue da história, de acordo com projeções da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ), com 10 mortes e 75.790 mil casos prováveis da doença. Ao mesmo tempo, conforme a última atualização do Painel Covid-19 do estado, 124 pessoas morreram em decorrência do coronavírus desde o início do ano. Essas duas doenças mais graves, diferenciar sintomas além da rotineira gripe, são caracterizadas por sintomas similares, como febre, cansaço, dores no corpo e mal-estar.

Então como saber diferenciar joio do trigo? O DIA bateu um papo com o infectologista Renato Kfouri, especialista no assunto, que esclareceu possíveis dúvidas sobre infecções virais. Kfouri é mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e atual presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Confira a entrevista:

Kfouri: “Gripe e covid-19 são doenças respiratórias, portanto você tem sintomas respiratórios: tosse, dor de garganta, dor no peito, coriza, secreção, falta de ar (além de alterações do olfato e paladar) não estão presentes na dengue, que não é respiratório. Febre, dor de cabeça e mal-estar são sintomas comuns. É muito difícil diferenciar a covid-19 de uma gripe, de um resfriado ou qualquer vírus respiratório. Só com testes e diagnósticos médicos. Quem chega com tosse, coriza e febre, pode ser qualquer coisa. […] Em relação a dengue, os sintomas clássicos são dores nas articulações, manchas avermelhadas pelo corpo, diarreia, dores musculares e dores nos olhos”.

Em algumas pessoas, pode estar presente a dor abdominal, irritabilidade, náusea e vômito.

O que fazer ao perceber esses sintomas?

Kfouri: “Ao perceber os sintomas da gripe, dengue ou covid-19, é importante aumentar a hidratação. Além disso, quando houver suspeita, é possível realizar testes para identificar a doença. É importante observar a evolução dos sintomas. Na presença de quadros que envolvam falta de ar, dificuldades para respirar, dores abdominais e vômitos frequentes, procure atendimento médico”.

De que forma podemos nos prevenir?

Kfouri: “A vacina é a principal forma de prevenção. O uso de máscara em locais fechados e aglomerados, manter distância social, também fazem parte da prevenção, principalmente quando existe a suspeita de infecção. Quando tratamos da dengue, a principal forma de prevenção é combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti“.

(O DIA reforça que é imprescindível evitar o acúmulo de água parada em objetos e quintais para diminuir as chances de reprodução do inseto).

Vacina é o remédio

Gripe, dengue e covid-19 podem ser evitadas – ou pelo menos amenizadas – com a vacinação. A imunização contra a gripe e o coronavírus está disponível para toda a população fluminense, independentemente da idade. Há uma semana, o estado também recebeu 231.928 doses da vacina contra a dengue. Por enquanto, o público-alvo são adolescentes de 10 a 14 anos, da Região Metropolitana I, que inclui a capital e municípios da Baixada Fluminense.


Fonte: odia.ig.com

Veja também: Comércio ambulante na Rua Uruguaiana será oficialmente proibido, anuncia Prefeitura do Rio e nos acompanhe nas redes sociais.

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A expectativa é que o acordo entre em vigor hoje quarta-feira (27) e que ele dure dois meses.
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