Toque de recolher e clima de medo em São Gonçalo após suposta morte de chefe do tráfico

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Após a divulgação da suposta morte de Schumaker Antonácio Rosário, o Schumaker, chefe do tráfico de drogas no Jardim Catarina, em São Gonçalo, moradores do bairro e outras regiões da cidade tiveram que lidar com o medo de represálias e um toque de recolher. Na noite de ontem, muitos gonçalenses tiveram dificuldade em retornar para casa, já que o acesso aos bairros de Itaúna e Jardim Catarina por carros, mototáxis e coletivos havia sido fechado.

“O ‘bagulho’ aqui é ‘desenrolo’, irmão. Aqui é contra os maus tratos, a tortura e o sofrimento”, teria afirmado o traficante Thomás Jhayson Vieira Gomes, o 2N, chefe do Complexo do Salgueiro e apontado como mandante da morte de Schumaker, em um áudio divulgado na internet. No mesmo áudio, a informação de que 2N teria pulado de facção e deixado o Comando Vermelho (CV) foi negada.

Segundo informações, comércios também foram fechados, e a ordem era de atear fogo a veículos que circulassem pela região. Durante a madrugada, moradores de bairros como Mutondo, Alcântara, Luiz Caçador, Vista Alegre e Jardim Catarina relataram nas redes sociais que um helicóptero sobrevoava a região. Na manhã desta sexta-feira (26), moradores que trabalham em outros municípios, como Niterói, tiveram que se direcionar até a Niterói-Manilha (BR-101) para ter acesso aos ônibus.

Schumaker é o traficante mais procurado do Estado do Rio. O Disque Denúncia oferecia recompensa de R$ 30 mil para quem concedesse informações que levassem até ele. Ele já havia sido preso em 2003 por assalto e, dez anos depois, deixou a cadeia para cumprir pena no regime semiaberto. Desde então, não retornou mais. A Polícia Militar já teria recebido a informação da morte do criminoso, porém, só poderia ir até o local pela manhã de hoje (26) por questões de segurança.

O traficante é conhecido pela repressão a agentes de segurança pública no bairro. Em 2017, Schumaker teria oferecido aos seus soldados R$ 5 mil por cada policial morto. Em 2016, ele determinou a retirada de todas as câmeras de vigilância de comércios e casas da Avenida Albino Imparato, a principal via que corta o Jardim Catarina, após membros de sua quadrilha terem sido flagrados pelas câmeras andando na rua, fortemente armados.

 

 

 

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