Motoristas de aplicativo do RJ entram em greve parcial

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Parte dos motoristas da Uber no Brasil resolveu aderir ao movimento iniciado nos Estados Unidos e faz greve por aqui nesta quarta-feira (8). Entidades, associações e condutores independentes recomendam que quem está incomodado com a empresa fique o dia todo com a plataforma desligada. A diretriz é que todos desliguem o app entre a 0h e 23h59 desta quarta (8) – ou seja, durante todo o dia, por 24 horas. A intenção é pressionar para que o motorista ganhe mais, em meio à abertura de capital da Uber na Bolsa de Valores – a empresa deve fazer seu bilionário IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) até o fim desta semana.

Quem parou? A decisão de parar partiu de motoristas da Uber antes da abertura de capital da empresa na Bolsa de Valores dos Estados Unidos. A intenção é chamar a atenção para os ganhos dos condutores, que estariam desvalorizados. Algumas entidades já protestaram há algumas semanas no Brasil após a 99 mudar a forma de pagamento de motoristas. Agora, essas entidades e outras associações se uniram em apoio à paralisação internacional. Quanto tempo vai durar a greve? No Brasil, a instrução é que motoristas da Uber desliguem o aplicativo entre a 0h de quarta (8) e a 0h de quinta (9). Após esse período, haverá um balanço mundial dos atos para saber que caminho seguir.

No Brasil, a instrução é que motoristas da Uber desliguem o aplicativo entre a 0h de quarta (8) e a 0h de quinta (9). Após esse período, haverá um balanço mundial dos atos para saber que caminho seguir.

Onde há paralisação?

Nos Estados Unidos, a paralisação, também em protesto contra a concorrente Lyft, atingirá regiões como Nova York, Los Angeles, Filadélfia, Washington, Chicago, San Francisco, Boston, San Diego, Connectcut e Atlanta. Cidades do Reino Unido e da Austrália também confirmaram adesão à paralisação, que deve incluir ainda outros países globalmente. No Brasil, associações dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minais Gerais, Rio Grande do Sul. Tocantins, Pernambuco, Espírito Santo e Bahia confirmaram a paralisação dos motoristas insatisfeitos. Como a conversa é feita por WhatsApp e redes sociais, é possível que a abrangência seja maior.

Outros aplicativos são afetados?

A greve toma como base a abertura de capital da Uber, mas a orientação é que todos os aplicativos sejam desligados pelos condutores, já que os motoristas acreditam que há uma defasagem na tarifa em todos. Ou seja, 99, Cabify e outros também podem ser afetados. Táxis, obviamente, não farão parte da mobilização.

Por que motoristas fazem a greve?

A greve é motivada, principalmente, pela exigência de que os motoristas recebam pagamentos melhores. No Brasil, por exemplo, condutores pedem aumento no valor do quilômetro rodado e de ao menos R$ 2 na tarifa básica, além da queda no valor da taxa cobrada pela Uber de cada motorista por corrida para algo entre 15% e 20%. Os motoristas brasileiros ainda solicitam mais segurança da Uber. Entre as exigências está um cadastro mais rigoroso de passageiros na plataforma, com conferência de documentos e fotos de quem solicita carros.

O que diz a Uber sobre a manifestação?

A assessoria de imprensa da Uber no Brasil na última terça (7), mas ainda não recebeu um posicionamento sobre o movimento. Fora do Brasil, a companhia diz que trabalha para melhorar a experiência de motoristas no serviço. “Motoristas são o coração do nosso serviço – não podemos ser bem-sucedidos sem eles – e milhares de pessoas trabalham na Uber todos os dias focados em como fazer a experiência melhor, dentro ou fora das ruas. Seja ganhos mais consistentes, proteções de seguro mais fortes ou cursos de quatro anos financiados para motoristas e suas famílias, nós vamos continuar trabalhando para melhorar a experiência para e com os motoristas”, afirmou a Uber nos Estados Unidos.

 

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