A Delegacia de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) indiciou, nesta terça-feira (29/06), nove pessoas por terem furado a fila de vacinação contra a Covid-19 no Hospital Municipal Miguel Couto. Os acusados são ex-funcionários da unidade, que utilizaram de seus crachás antigos para tomar o imunizante, e moradores da região, que declararam falsamente serem médicos do hospital para serem atendidos de forma prioritária.
De acordo com o titular da DCC-LD, delegado Thales Nogueira Braga, essa é apenas a primeira fase de uma investigação complexa que iniciou em fevereiro deste ano. Os agentes da delegacia cruzaram dados da lista de vacinados com a relação de servidores do hospital e cadastros de profissionais de saúde junto aos respectivos conselhos. Na ocasião da vacinação, apenas os profissionais da própria unidade, que estivessem à frente do combate à pandemia do coronavírus e controle de acesso, tinham direito a receber o imunizante.
Em um primeiro momento, foram levantadas aproximadamente duzentas situações suspeitas. Ao longo da investigação, diversas foram descartadas após os vacinados comprovarem que são terceirizados da unidade de saúde ou acadêmicos de medicina que atuam no local. Os indiciados vão responder pelos crimes de falsidade ideológica, que prevê penas de reclusão de um a cinco anos e multa, e infração de medida sanitária, que tem penas de detenção de um mês a um ano, e multa.
Fonte: osaogoncalo