A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Economia Solidária, retornou as atividades da Feira Livre Solidária de Itaipuaçu no último sábado (09/10), na Praça do Ferreirinha. No local, 8 expositores oferecem produtos artesanais a preços justos, entre bijuterias, ornamentações, artigos recicláveis e roupas.
O espaço funcionará todos os sábados, das 15h às 22h, e a expectativa é que mais 5 feirantes atuem na feira já na próxima semana, adicionando produtos gastronômicos ao circuito.
Segundo a responsável pelas feiras de Itaipuaçu e Inoã, Mônica Fernandes, o retorno da iniciativa a um dos maiores distritos da cidade é muito relevante, fazendo com que os artesãos ganhem visibilidade e retorno financeiro.
“A volta da Feira de Itaipuaçu é essencial e muito importante em meio à pandemia de Covid-19. Esse espaço ajuda os feirantes a terem uma melhoria financeira, já que muitos ficaram desempregados e desestimulados”, pontuou a organizadora, reforçando que a Secretaria de Economia Solidária cumpre o seu papel com ações desse tipo.
“O objetivo da Secretaria de Economia Solidária é instruir e dar uma espécie de passo-a-passo com essa feira. Dessa forma, os artesãos serão mais reconhecidos e futuramente poderão trilhar o seu próprio caminho”, completou.
Moradores vão às compras na feira
A população de Itaipuaçu que passava pela praça aprovou o retorno da feira. A aposentada Vera Lúcia de Freitas, de 73 anos, moradora da localidade há 35 anos, gostou dos produtos disponíveis e pretende retornar mais vezes.
“Achei maravilhosa essa Feira Solidária. Os preços são ótimos e estarei sempre aqui para aproveitar, trazendo também a minha família. Gostei bastante da barraca de panelas recicláveis e a das pulseiras”, afirmou a aposentada.
A fisioterapeuta Júlia Nunes, de 28 anos, estava indo à padaria e aproveitou para conhecer o espaço, que a conquistou.
“Eu só conheci a iniciativa hoje, porque vim morar em Itaipuaçu durante a pandemia. Estou admirada em encontrar aqui tantos produtos de qualidade e artesanais. Irei vir aqui todos os sábados para acompanhar e na próxima semana trarei a minha avó para comprar algumas bijuterias, ela ama”, ressaltou.
Suporte financeiro aos feirantes
Os expositores da feira estavam animados com o retorno presencial da Feira Solidária de Itaipuaçu. Um deles foi Júlio César Oliveira, que expôs cristais e compõe o comitê gestor do Circuito Maricá de Comércio Justo e Solidário.
“Hoje voltamos à feira com muita alegria. Em meio à pandemia, tínhamos a necessidade de trazer os produtos para a feira e também da socialização que esse ambiente oferece. Não é uma feira só de comércio, mas sim de relacionamentos com a comunidade, tendo um encontro que propicia trocas coletivas”, disse.
O artesão José Luis Amaral, de 66 anos, especializado em produtos recicláveis, destacou a utilização de materiais não usuais em suas peças e o papel da moeda Mumbuca para movimentar a feira.
“Tudo que eu faço é com materiais recicláveis. Trabalho com latinha, vidro, madeira e plástico na confecção de panelas, aviões e barcos em miniatura, mostrando que podemos reutilizar boa parte do lixo e ajudar a salvar o planeta. Estamos reiniciando hoje e aceitamos a moeda Mumbuca. Com isso, muita gente que tem esse benefício pode gastar aqui, com nossos produtos, nos ajudando também”, concluiu.
Feira Livre Solidária também no Centro
Neste domingo (10/10), foi a vez da Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, receber a Feira Livre Solidária, com diversos produtos artesanais disponíveis à população.
Além de Itaipuaçu e do Centro, existem feiras em Inoã (próximo à passarela do bairro), com 45 feirantes atuando no local; e em Cordeirinho (esquina da Rua 107 com a rua 90), com 50 expositores de artesanatos, doces e salgados.
Em breve, está prevista a inclusão dos bairros de São José do Imbassaí e Ponta Negra no circuito de Feiras Livres Solidárias.
Foto: Michel Monteiro