Empresários de Rio Bonito que foram presos dizem que caíram em um golpe

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Os empresários de Rio Bonito, Diogo Fonseca Ribeiro Peixoto e Heitor Ribeiro Filho, que foram presos em flagrante na cidade pela Delegacia de Roubos e Furtos do Rio, no último dia 5 sob a acusação de terem comprado arma com documentação falsa, foram soltos pouco mais de 24h depois e dizem ter sido enganados. Segundo a defesa de ambos, eles foram vítimas de um despachante que dizia ser sargento do Exército e que já responde a um processo federal por falsificar documentação para pessoas adquirirem armas.

Entenda o caso: Empresários de Rio Bonito são presos acusados de adquirirem arma com documentação falsa

De acordo com o advogado Joabs Sobrinho, os empresários acabaram caindo em um golpe de um homem que Diogo conheceu através de uma empresa de segurança quando estava trabalhando. Ele e seu tio, Heitor, mais conhecido na cidade como Tozinho, segundo o advogado, tinham a intenção de treinar em um clube de tiro e por isso precisavam de documentação necessária.

“Eles apresentaram todos os documentos pertinentes para que pudessem ter direito, eles apresentaram todas as certidões pessoais em nome deles, ou seja, todos os documentos verdadeiros. Esse despachante, em contrapartida, falsificava CR’s (Certificado de Registro de Atirador), ou seja, ele fez a falsificação, cobrou 15 mil de cada um, inclusive um valor muito excessivo, e eles receberam esse CR. De posse desse CR, eles foram comprar a arma de fogo”, conta Joabs.

O advogado revela ainda que o despachante em questão já é conhecido da polícia, já que em fevereiro de 2022 foi preso em uma operação do Exército com a Polícia Federal para exatamente coibir esse tipo de prática irregular. Ele questiona a forma como foi feita a prisão, e outras condutas, até mesmo do clube de tiros onde os empresários foram presos.

“Foram até a casa dele (de Diogo), mesmo sem um mandado judicial, mesmo sem informar o juiz e fizeram a apreensão da arma de fogo e do documento. Não souberam explicar porque foram eles (a DRF) acionados e não a delegacia local. Se já havia uma investigação, se eles tinham ciência que o despachante já está respondendo no Exército e na Polícia Federal por esses atos, por que não foi comunicado o Exército, por que não foi chamada a Polícia Federal?”, indaga.

A defesa de Diogo e Tozinho revela que pretende responsabilizar o clube de tiro e até mesmo o delegado da DRF. “Ao final de tudo isso, nós iremos representar contra a loja de armas, faremos uma representação na Corregedoria contra o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos, tudo por terem preparado um flagrante e hoje estar manchando o nome de dois empresários que nunca tiveram participação com grupos de organização criminosa”.

Os empresários

Os empresários disseram que se sentem injustiçados. Tozinho inclusive questiona a versão da polícia e diz que nem colocou a mão na arma no clube de tiro. “Sem colocar a mão na arma, fui surpreendido por dois policiais dizendo que a documentação é falsa. Estou me sentindo humilhado diante de toda a situação e me sinto prejudicado no meu comércio local pelos comentários e olhares. Sou da cidade há anos e todos me conhecem. Sempre fui tratado com respeito e agora, estou com a minha honra manchada. Quero que tudo seja esclarecido e comprovado a nossa inocência”.

Diogo também diz que foi enganado e revela que por conta de tudo que aconteceu, está sofrendo consequências. “Hoje eu me encontro em casa, com fobia, ansiedade e pânico devido toda essa exposição. Sempre prezei pelo meu caráter e espero que todas essas pessoas envolvidas sejam responsabilizadas porque tenho família e um nome a zelar”.

Todas as declarações desta matéria são de responsabilidade da defesa dos empresários, o advogado Joab Sobrinho OAB/RJ 179.491

O Jornal Folha da Terra está aberto a ampla defesa das partes.

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