Crise no transporte municipal de Rio Bonito gera discussão entre empresa e Prefeitura

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Foto: Leandro de Sousa Barbosa

A paralisação do transporte coletivo municipal em Rio Bonito foi o assunto mais comentado entre os grupos de WhatsApp no último domingo (10), depois que a empresa Coletivos São Geraldo LTDA, que tem a concessão do serviço na cidade, não colocou os ônibus nas ruas no mesmo dia.

O responsável pela empresa, Emanuel Mathias, disse à reportagem da Folha que “a prestação de serviço voltou normalmente nesta segunda-feira (11). A São Geraldo lamenta profundamente o ocorrido e espera resolver esse impasse o mais breve possível afim de evitar o fechamento definitivos da empresa, já que a única fonte de renda é a prestação do transporte ao município”.

Sobre o comunicado (leia o comunicado abaixo) compartilhado pela Coletivos São Geraldo, o responsável diz que “a empresa vem passando por grandes dificuldades financeiras devido à falta do repasse por parte da Prefeitura e a falta da correção tarifária (direito contratual) nos últimos dois anos, e já tentou por diversas vezes contato com o Poder Executivo, sem sucesso. Atualmente a dívida está em R$1.661.746,00. A empresa opera na cidade há mais 60 anos, sempre prestando um serviço de qualidade e respeito aos seus usuários”.

Emanuel disse ainda que a dívida milionária que a Prefeitura tem com o estabelecimento tem duas fontes, a não correção anual das tarifas nos últimos dois anos, e o não repasse, desde 2019, de 50% do valor da passagem dos alunos das escolas municipais.

Já a Prefeitura, emitiu uma nota:

“A Prefeitura Municipal de Rio Bonito informa que foi surpreendida, neste domingo (10), com a paralisação do transporte municipal decidida de maneira arbitrária pela empresa responsável pela concessão local na tentativa de um reajuste, prejudicando assim, muitos jovens rio-bonitenses no segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Informa ainda que, a Procuradoria Geral do Município de Rio Bonito analisa com rigor os danos causados e, brevemente, tomará as medidas cabíveis, uma vez que, a Lei 7.783/89, em seu Art. 13 define que:

‘Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação .’(grifo nosso)

Desta forma, a Prefeitura Municipal de Rio Bonito lamenta o fato e destaca que o diálogo se mantém aberto”.

Consequências

Nesse empasse entre a empresa e a Prefeitura, o mais prejudicado é a população. Por conta da falta dos coletivos, há relatos de fontes ouvidas pela Folha, que vários estudantes que fizeram a segunda fase da prova do Enem neste domingo, chegaram próximo da hora dos portões fecharem e outros não compareceram.

Crise no transporte. No último domingo (10), a Coletivos São Geraldo não colocou seus ônibus para circular pelas ruas de Rio Bonito.
Foto: Leandro de Sousa Barbosa

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Por Lívia Louzada

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