A Polícia Federal indiciou três ex-diretores e um ex-coordenador da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de um ex-coordenador da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por tentativa de impedir o deslocamento de eleitores nas eleições de 2022.
Segundo a acusação, as ações visavam dificultar o transporte de possíveis eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que seria interferência no processo eleitoral.
Blitzes no dia da eleição
Em 30 de outubro de 2022, dia do segundo turno, a PRF realizou blitzes que interferiram na movimentação de eleitores – sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.
Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro.
No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF.
Relatório obtido pelo blog da Andréia Sadi na época mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do 2º turno das eleições de 2022.
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Os indiciados são:
- Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência e ex-superintendente da PRF no Rio Grande do Sul;
- Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência substituto;
- Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;
- Adiel Pereira Alcantara, ex-coordenador de Análise de Inteligência da PRF;
- Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da ANTT.
Crédito: cbn.globo.com
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