Brasileiras presas na Alemanha após etiquetas de malas serem trocadas relatam humilhação na prisão

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As famílias têm encontrado dificuldade para manter contato com as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, presas na Alemanha desde o dia 5 de março após terem etiquetas de malas trocadas por bagagens com droga. Uma forma de compartilhar como está sendo o dia-a-dia na prisão é por meio de cartas. Em uma carta enviada para a irmã Lorena Baía, Kátyna Baía contou como foi o momento da prisão.

“Ficamos umas quatro horas algemadas pelos pés e pelas mãos, como criminosas. Fomos obrigadas a entregar todos nossos pertences. Passamos por revista íntima, fomos humilhadas”, escreveu Kátyna Baía.

Nesta última semana, as brasileiras também conseguiram enviar áudios para as famílias. O repórter Honório Jacometto, da TV Anhanguera, teve acesso às gravações. Em um dos trechos, Jeanne Paollini relatou momentos de terror, como a separação das duas, e a forma que foram tratadas desde a audiência.

“Pela manhã nós fomos para uma audiência com um juiz e sempre algemadas, acorrentadas pelos pés. Eu não tinha contato com a Kátyna e instantaneamente o juiz já decretou nossa prisão”, relatou.
A Kátyna Baía também desabafou e definiu o que estão vivendo como devastador. Para ela, acordar todos os dias na prisão é uma tristeza profunda. Segundo a brasileira, ela faz uso de remédios contínuos, que foram tirados. Dessa forma, além do desgaste psicológico, é uma batalha diária manter a saúde.

A irmã de Kátyna, a mãe de Jeanne e uma advogada embarcaram, na noite da última segunda-feira (10), para Frankfurt, na Alemanha. O intuito da viagem é dar suporte às brasileiras, que estão muito abaladas com a situação.

Atualmente, as brasileiras não recebem visitas e são obrigadas a ficar na cela por no mínimo 16 horas por dia. Entretanto, a irmã de Kátyna informou à TV Anhanguera que na próxima quarta-feira (12) a situação deve mudar e as brasileiras vão receber a visita da família. Além disso, a expectativa é trazer Kátyna e Jeanne de volta ao Brasil.

Presas após troca de etiquetas de malas

O sonho de viajar 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março desse ano, horas antes de desembarcar em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca.

Lorena, irmã de Kátyna, conta que elas planejaram a viagem com muita antecedência. O objetivo dos dias pela Europa era celebrar um novo momento da vida profissional dela.

A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.

Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.

A Polícia Federal em Goiás começou a investigar o caso após a prisão das goianas. As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta.

Jeanne conta que, na hora da prisão, não entendeu o que estava acontecendo. “Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Só depois de muito tempo que chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. E assim que o policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas”, disse Jeanne.

Essas malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.

Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

 

Crédito: g1.globo.com

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