‘Consciência tranquila’, disse a polícia o lutador de jiu-jitsu que derrubou e imobilizou Moïse

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Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, de 21 anos, é o homem que nas imagens de uma câmera de segurança do quiosque Tropicália – onde Moïse Kabagambe foi brutalmente morto – derruba o congolês no chão e o imobiliza por vários minutos. Em depoimento à polícia, Brendon disse que, mesmo tendo participado da ação, está com a “consciência tranquila”.

Além de Brendon, estão presos temporariamente pelo crime Fábio Pirineus e Aleson Cristiano. Os três aparecem nas imagens do espancamento de Moïse, no último dia 24, num quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ao depor, todos negaram que quisessem matar o congolês.

Segundo Brendon, a decisão de atar mãos, pés e pescoço de Moïse foi para que ele (Brendon) não fosse perseguido, depois, pelo congolês.

Aos policiais, Brendon disse que luta jiu-jitsu e que a briga começou porque ele pretendia defender o funcionário do quiosque conhecido como Baixinho. Ele também alegou que Moïse reagiu e confirmou que amarrou o congolês que ao notar que ele já não reagia.

Moïse para de respirar

Brendon segue o relato dizendo que voltou para o quiosque e um cliente disse que Moïse não estava respirando. O lutador afirmou ter desamarrado o congolês e que tentou reanimá-lo – essas cenas também estão nas imagens da câmera de segurança.

Como Moïse já não reagia, Brendon disse que tentou jogar água nos pulsos da vítima e, de novo, tentou fazer a massagem cardíaca. Segundo ele, outro agressor, de apelido Belo, chamou uma ambulância. Só no dia seguinte, de acordo com o relato, Brendon teria descoberto que Moïse morreu.

Trabalha em barraca de PM

Na declaração, Brendon também contou aos policiais que trabalha há cinco meses na Barra do Juninho, na Praia da Barra, que segundo ele é do cabo da Polícia Militar Alauir Faria. Brendon acrescentou que conhecia Moïse de vista, mas não se falavam.

No dia do assassinato, o lutador afirmou que estava no quiosque Biruta, vizinho ao Tropicália, e que ouviu uma confusão no estabelecimento do lado. Brendon disse que viu o congolês “metendo a mão no cooler” do quiosque e que tentou evitar.

A sequência do que ocorreu é possível ver nas imagens e também é confirmada por Brendon no relato. Ele derruba Moïse e passa a imobilizar o congolês, enquanto os outros agressores dão pauladas no refugiado. Ao todo, a vítima foi atingida por pelo menos 30 golpes de taco de madeira.

Crédito: Portal g1

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