O Tamoio Futebol Clube de São Gonçalo será tombado como patrimônio cultural do estado após derrubada do veto do governador Cláudio Castro pelo plenário da ALERJ. A iniciativa é da deputada estadual Zeidan, do Partido dos Trabalhadores, e visa preservar o patrimônio do centenário clube na segunda cidade mais populosa do estado e que ficou conhecido com os famosos desfiles de gala nas aberturas dos Carnavais das décadas passadas.
O Projeto de Lei 5064/2021 foi aprovado em 2 de março e depois vetado pelo governador, retornando à Casa Legislativa que derrubou o veto nesta terça-feira, 28 de junho.
“É uma vitória do nosso mandato e dos parlamentares fluminenses que entenderam a importância de manter a tradição de um clube tão importante como o Tamoio, mas a vitória maior é da população gonçalense que terá preservada parte de sua história. O Tamoio foi palco da abertura de inúmeros Carnavais do nosso estado, com desfiles luxuosos de fantasias. A preservação dessa cultura precisa ser mantida. Fico feliz por ter trazido essa discussão e ter obtido essa vitória”, defendeu Zeidan.
O Clube era tombado em âmbito municipal e teve seu destombamento aprovado pelos vereadores de São Gonçalo, após ter parte de suas instalações vendidas num leilão para arcar com uma dívida trabalhista. No entanto, o espaço segue um imbróglio judicial que não permite que sejam alteradas ou até mesmo derrubadas como sinalizaram que seria possível com o destombamento municipal.
Segundo a decisão do Tribunal de Justiça, o descumprimento da liminar configura crime de desobediência e ato atentatório, podendo acarretar multa de R$ 50 mil por ato praticado em desconformidade com a decisão e com a decisão legislativa fica agora inviável qualquer mudança nas dependências do Tamoio.
Com autoria da deputada Zeidan, são co-autores do Projeto de Lei as deputadas Renata Souza, Enfermeira Rejane e os deputados Waldeck Carneiro, Bebeto, Márcio Canela, Giovani Ratinho e Eurico Júnior e o ex-deputado Ronaldo Anquieta. A Lei deve ser sancionada ainda no mês de julho, caso o governador não o faça, caberá ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado André Ceciliano.