Em nova pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), 23,8% dos empresários do setor de comércio e serviços do estado do Rio de Janeiro (ERJ) afirmaram que a situação de seus negócios melhorou nos últimos três meses, percentual superior ao registrado em outubro (21,1%). Além disso, o número de comerciantes fluminenses que acredita que seus negócios estão estabilizados aumentou de 18,2% – em outubro – para 21,1% em novembro. Outro aspecto positivo do levantamento é que o número de empreendedores que afirmam que esse quadro piorou diminuiu de 33,2% no mês anterior para 28,5%, assim como os que acreditam que piorou muito: de 24% para 22,6%. Para 3,9%, houve muita melhoria, frente a 3,5% em outubro.
Houve variação negativa nas expectativas que os empresários fazem para o seu negócio nos próximos três meses. Houve aumento da proporção de empresários que acham que vai piorar maior que o aumento da proporção de empresários que acham que vai melhorar.
Ocorreu, ainda, aumento do número de empresários que consideram que houve incremento na demanda pelos serviços e bens das empresas que controlam: de 19,4% (outubro) para 21,1% em novembro. De acordo com 22,1%, a percepção foi de estabilização na procura por seus produtos. Já 33,4% informaram que a demanda diminuiu e para 21,1% reduziu bastante. Entre os que acham que aumentou muito, 2,2% optaram por essa resposta em novembro, frente a 4,6% constatado em outubro. Houve, portanto, no cômputo geral percepção de que a demanda aumentou de outubro para novembro.
Sobre a expectativa dos fluminenses pelas demandas nos próximos meses, a sondagem registrou aumento dos que acreditam que haverá estabilização – 30% em novembro frente a 28,8% em outubro. Para 43,7%, haverá aumento e 8,8% esperam um incremento significativo. Houve, ainda, aumento entre os pessimistas: 10,6% creem numa diminuição e 6,9% numa alta queda nas demandas. No cômputo geral, diminuiu a expectativa de demanda para os próximos três meses.
Contratação de trabalhadores
Perguntados sobre o quadro de funcionários, o levantamento mostrou um incremento entre os que acham que o número de trabalhadores em suas empresas aumentou nos últimos três meses: de 4% para 6,9%. Já para 45,9% o quadro foi estabilizado, seguido pelos que responderam que houve redução (23,3%) e muita diminuição (23,6%). Apenas 0,2% informaram que existiu um aumento significativo.
Houve forte redução da expectativa de contratação entre outubro e novembro, puxada fundamentalmente pela proporção de empresários que disse que o quadro de funcionárias diminuiria (13%) ou diminuiria muito (10,3%).
Preço dos fornecedores
Houve aumento do preço de fornecedores para os empresários fluminenses já que aumentou a proporção de empresários que disseram que os preços aumentaram muito (de 45,1% em outubro para 54,8% em novembro). Não à toa já percebemos no Rio de Janeiro aumento da inflação de serviços.
Endividamento
Em relação ao endividamento das empresas, os percentuais se mantiveram semelhantes aos registrados em outubro: 30% afirmam que suas empresas ficaram moderadamente endividadas; 29,5% não ficaram endividadas; 23,8% responderam que ficaram pouco endividados e 16,7% informaram que estão muito endividados.
Inadimplência
A pesquisa também mostra que ocorreu aumento no percentual de empresários que responderam que não estão inadimplentes: 46,9% frente a 43,3% em outubro, contra 22,7% que afirmam que suas empresas estão moderadamente inadimplentes, seguidos por 20% que informaram que seus negócios estão com poucas restrições. Os que se consideram muito inadimplentes correspondem a 10,4%.
Em relação ao tipo de inadimplência, os fornecedores (46,3%) lideram o ranking, seguidos pelo aluguel (39,4%), pelos bancos comerciais (35,4%), conta de luz (32,6%), entre outros.
Estoque
A maioria dos empresários (55%) afirma que o estoque de seus estabelecimentos ficou abaixo do planejado. Para 35,9%, ficou igual e para 9,1% o abastecimento foi acima do planejado. Perguntados sobre dificuldades no reabastecimento, 68,5% confirmaram que encontraram percalços neste setor, seguidos por 31,5% que negam qualquer dificuldade nesse sentido. Entre os obstáculos apontados, os produtos nacionais lideram a pesquisa (47,2%), seguidos pelos que apontaram tanto os nacionais quanto os importados (44,6%) e pelos importados (8,2%).
Fonte: ofluminense.com.br