Além da zika, chikungunya e dengue, a população da região deve ficar atenta a febre oropouche, também transmitida por um mosquito. Segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro (CIEVS-RJ), Rio Bonito, Tanguá e Silva Jardim não possuem casos confirmados da doença, mas Maricá tem um caso positivo e Itaboraí já contabilizou 26 pessoas infectadas desde 2024.
Além desses municípios, Cachoeiras de Macacu registrou 48 casos de febre oropouche; São Pedro da Aldeia 2 casos; Niterói 3 casos e Casimiro de Abreu e São Gonçalo têm 6 casos confirmados cada.
Através de um vídeo publicado nas redes sociais da Prefeitura de Silva Jardim, a enfermeira da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, Kenny Gomes, conta que apesar da cidade não possuir nenhum caso confirmado, algumas amostras foram enviadas para análise no laboratório de saúde pública.
O primeiro caso de febre oropouche no estado do Rio de Janeiro foi detectado em fevereiro do ano passado. Atualmente todo o estado possui 158 casos confirmados.
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Sintomas
A febre oropouche também é transmitida por um mosquito, o Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, mais encontrado perto de matas. Os sintomas da doença são parecidos com os da dengue. Em casos agudos, a doença pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômito também são relatados.
Segundo a Fiocruz, nas áreas urbanas, o mosquito culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo ou muriçoca, também pode transmitir o vírus ocasionalmente.
Como evitar?
Os especialistas recomendam que a melhor solução é evitar a infecção usando roupas que cobrem o corpo e limpando os focos de reprodução do mosquito, assim como se faz com a dengue.
De acordo com a curadora adjunta da coleção de maruins, ou mosquitos pólvora, do Instituto Oswaldo Cruz, Maria Clara Alves Santarém, os repelentes e inseticidas não funcionam para evitar a picada desses mosquitos.
“Tanto pela literatura científica como por experiência própria, sabemos que os repelentes não são eficazes contra maruim. Inseticidas também não funcionam. São compostos desenvolvidos contra mosquitos, como Aedes e Culex, que são insetos de uma família diferente”, explicou.
Por Lívia Louzada
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