A Polícia Civil encontrou, nesta terça-feira (12), o corpo de Bianca Lourenço, de 24 anos, que estava desaparecida desde o dia 3 de janeiro.
A jovem é ex-namorada de Dalton Vieira Santana, suspeito de chefiar o tráfico de drogas na comunidade da Kelson’s.
O corpo foi encontrado mutilado e boiando numa praia da Ilha do Fundão, na mesma região onde fica a Favela da Kelson’s. Segundo a polícia, o cadáver encontrado tem tatuagens iguais às de Bianca.
Na manhã desta quarta (13), a Polícia Militar confirmou que agentes do 17º Batalhão (Ilha do Governador) foram acionados para uma ocorrência na Ilha do Fundão e encontraram um corpo a partir de informações repassadas pelo Disque Denúncia.
Segundo testemunhas, Bianca teria sido morta por Dalton, que não aceitava o fim do relacionamento. Elas afirmam que a jovem foi morta na comunidade pelo ex-namorado ou a mando ele.
A Polícia Civil informou que a jovem foi retirada pelo ex-namorado à força de um churrasco com amigos. De acordo com as investigações, após retirar Bianca do local no domingo (3), Dalton seguiu para a favela. A partir daí, ninguém soube mais nada da jovem.
No quarto dia de angústia por não ter notícias da filha, o pai de Bianca Lourenço contou que foi até a favela onde Bianca desapareceu para falar com o ex-namorado da filha.
Postagem antes de sumir
No mesmo dia em que desapareceu, a jovem publicou fotos em redes sociais e escreveu:
“Não existe nada melhor do que acordar em paz, estar em paz, viver em paz… Não me preocupo com mais nada. Obrigada, meu Deus”.
O pai de Bianca contou que havia três meses já estava bastante preocupado com a segurança da filha. Ele conseguiu que Bianca deixasse a favela e terminasse o namoro. A jovem estava vivendo com ele há dois meses em outro bairro.
Também segundo ele, o ex-namorado nunca a deixou em paz e jamais aceitou o fim da relação.
“Tentei tirar ela de todo jeito da favela. Eu já estava ajeitando o quarto dela, as coisas dela”, disse.
Ele contou ainda que foi à favela para falar com o ex-namorado, mas não conseguiu descobrir onde ela estava.
“Pedi a ele pra me ajudar se ele pudesse… Se tivesse acontecido, se ele pudesse devolver o corpo da minha filha, que poderia me entregar do jeito que tivesse, que ele poderia me tirar pelo menos a dor de pai, pelo menos de eu poder enterrar minha filha”, afirmou.
O pai da jovem prestou depoimento semana passada.
“Para todos, ele falou que matou ela. Não falou para mim, mas falou para outros. Falou que tinha colocado ela num carro, e que tinha mandado ela embora. Mentira. Que ela já tinha que estar aqui em casa há muito tempo, se isso fosse verdade”, afirmou.