O domingo foi de muita animação pelas ruas da cidade no terceiro dia do MariCarnaval 2023. O destaque ficou para o bairro de Itaipuaçu, onde o tradicional bloco Tromba Nervosa arrastou uma multidão na orla do bairro, pela primeira vez sendo utilizada para desfiles carnavalescos. Em outra parte do bairro, o bloco ‘Senta na 70’ levou um ambiente mais familiar à praça da Rua 70, no Jardim Atlântico. Com muitas crianças e idosos curtindo e dançando junto ao trio elétrico.
Indo pela primeira vez ao carnaval de Itaipuaçu, a agente administrativa Michele Sales levou o marido, o enteado e o primo para curtir o Tromba Nervosa e garante que gostou bastante. “Está super organizado e sem confusão. Estou curtindo muito e recomendo a todos que venham também”, afirmou a moradora de Nova Cidade, em São Gonçalo, de 47 anos.
Já em Ponta Negra, o Cordão do Bola Preta transformou a orla num grande baile de carnaval como os de antigamente. Fundado em 1918 e auto-intitulado “o maior bloco de carnaval do mundo”, o grupo é o mais antigo em atividade do Rio de Janeiro e último representante remanescente dos cordões carnavalescos que existiam no Rio no início do século 20.
Sambando sem parar e vestido de Smurf, o bombeiro civil Marcos Santos conta que todos os anos sai do Cachambi, na Zona Norte do Rio, para curtir o Carnaval de Ponta Negra com a família e um grupo de amigos. “Todos saímos com essa fantasia sempre, já é tradição. Este ano está bombando, maravilhoso, ainda mais com esse show!”, disse Marcos, que tem 53 anos.
Neste ano, a festa conta ao todo com 99 shows espalhados em 20 pontos da cidade, como Centro, Araçatiba, Inoã, Jacaroá, Ponta Negra, Itaipuaçu, Jaconé, Santa Paula, São José do Imbassaí, Parque Nanci, Bambuí, Cordeirinho, Divinéia, entre outros. Nesta segunda-feira (20/02), os destaques são o Gabriela, tradicional bloco que arrasta uma multidão pelas ruas do Centro, e o Monobloco, que se apresenta em Ponta Negra, a partir das 22h. O grupo foi criado no ano 2000 pelos integrantes da banda carioca Pedro Luís & A Parede e começou como uma oficina de percussão. Ao final do primeiro ano, o grupo fez um desfile no Rio e se oficializou como bloco. Seu diferencial sempre foi usar instrumentos de escola de samba para tocar outros ritmos além do samba, como marchinha, coco, funk, xote, ciranda e charme.