Mulher diz se lembrar apenas de flashes com sem-teto: ‘Eu só via Deus’

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Sandra Mara Fernandes, a mulher que foi flagrada pelo marido personal trainer com o então sem-teto Givaldo Alves em um carro em Planaltina (DF), diz que sabia que havia sido internada em uma clínica por conta do episódio, mas não tinha dimensão da gravidade. Em entrevista ao programa “Cidade Alerta”, da Record TV, ela disse que essa noção surgiu após ela tomar medicação para evitar uma DST (Doença Sexualmente Transmissível). Sandra ainda afirmou que se lembra apenas de flashes e que achava que “era meu marido”, ao entrar no veículo.

“Eu sabia que era por conta disso, por conta do episódio. Só que eu não tinha a dimensão do quão grave tinha sido. Mas através da medicação que eu estava tomando, até para não pegar uma doença sexualmente transmissível, eu vi o quão grave era o que tinha acontecido comigo”, disse ela.

Sandra diz que se sente triste por saber que vai ter que tomar uma medicação para o resto da vida. “Eu achava que era uma pessoa completamente saudável. Então eu me pegar hoje e falar: ‘Não, Sandra, hoje você é uma pessoa doente, com transtorno e se você não tomar a medicação, você está sujeita a ter outro surto’. Pode não ser tão grave como o que aconteceu, mas eu posso surtar novamente”.

A comerciante, que era proprietária de uma loja de roupas que teve que ser fechada e mantida apenas online por conta do episódio, diz que teme ter outro surto. Diagnosticada com transtorno afetivo bipolar, ela conta que os médicos explicaram a ela que o surto pode advir de uma euforia muito grande ou uma depressão muito profunda.

Sobre o incidente, ela diz que entrou em choque e que achava estar com Eduardo, seu marido.

“Para mim, quem estava comigo ali era meu marido. Como ele estava ali comigo e meu marido chegou, eu acredito, sim, que ele salvou minha vida. Pois eu não sei o que poderia ter acontecido depois que eu saísse daquele carro, se eu tivesse saído daquele carro. Então ele me salvou de mim mesma”, afirmou ela, à emissora.

Questionada sobre um áudio em que dizia ter visões de Deus naquele momento, Sandra explicou: “Quando eu coloquei aquele cidadão dentro do meu carro, eu acreditava naquele momento que ele era meu marido. Quando a gente conversava, eu achava que estava tendo conversas com Deus. Então, quando meu marido chegou naquele episódio, eu acreditei que ele era só Deus. Em nenhum momento eu enxergava ele como morador de rua. Eu só via que ele era Deus, por isso que eu me ajoelho no chão, intercedendo por ele, gritando com meu marido para não matar Deus. Eu acreditava que era Deus que estava apanhando ali, que possuía o corpo daquele cidadão, e que ele estava fazendo mal para Deus”.

Ferida na alma

“No meu caso, foi uma euforia muito grande, que me levou a ter manias. Você tem uma mania que vai crescendo. No meu caso chegou ao surto psicótico”, conta, acrescentando que, além da medicação, o tratamento inclui acompanhamento psicológico.

“Eu tenho que fazer terapia, porque o que aconteceu comigo abriu uma ferida na minha alma. Uma ferida que só através de uma ajuda médica, psicológica, eu vou curar”.

Sandra diz que tem sido muito difícil superar as críticas e a exposição na mídia e nas redes sociais. Para ela, foi um choque quando, ao sair do hospital, tomou conhecimento da repercussão do caso. “Me tacharam de coisas que não condizem com a pessoa que eu sou”.

A comerciante afirma que sente sua vida devastada e conta que teve até que se desfazer da loja física de roupas que mantinha antes do incidente. “Através da Internet, através do WhatsApp da empresa, até para me restabelecer financeiramente eu fui obrigada a me desfazer do que mais amo, que é minha loja. Trabalhar”.

Não houve traição

Em entrevista ao SBT Brasília, veiculada ontem (28), Sandra afirmou que não traiu o marido, o personal trainer Eduardo Alves, 31.

“Eu não esperava que tomasse a proporção que tomou. Me senti humilhada pela sociedade. Eu não aceito o que falaram sobre mim. Não é assim. Eu não sou essa mulher. Eu não traí o meu marido, eu não escolhi passar por um surto. O ato em si, eu não conhecia aquele homem. Eu achei sim que era o meu marido. E isso as pessoas não acreditam”, declarou.

 

Crédito: Uol Notícias

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