A mulher flagrada pelo marido fazendo sexo com um morador de rua, em Planaltina, no Distrito Federal, falou pela primeira vez sobre o ocorrido, nesta quarta-feira (27). O caso foi no mês passado e ganhou repercussão nacional. Em uma rede social, Sandra Maria Fernandes escreveu que viveu momentos difíceis.
“Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido”, afirma.
No mês passado, o marido de Sandra, o personal trainer Eduardo Alves, de 31 anos, foi filmado agredindo o sem-teto Givaldo Alves, de 48 anos, após flagrar a cena sexual entre os dois, dentro do carro da família
À polícia, o personal trainer disse na época que pensou que a esposa estivesse sendo estuprada, e contou que ela enfrenta “problemas psicológicos”. Após o ocorrido, a mulher foi levada a uma instituição de saúde, onde passou por tratamento médico.
Na postagem, ela diz ter sido vítima de humilhação após a repercussão do caso. “Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua, uma mulher com fetiche, uma traidora”, afirma Sandra Mara.
A mulher diz ter tido um “surto” e afirma que não escolheu passar pela situação. Ela também agradece ao marido, aos familiares e aos profissionais de saúde que participaram do tratamento.
“Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo”, alega a mulher.
Sandra Mara afirma que vai procurar por Justiça por “ter sido usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e sórdido”.
Veja a íntegra do texto publicado:
“Olá me chamo SANDRA MARA FERNANDES , sou a mãe da […] e a esposa do @eduardoalvestrainer . Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições.
Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.
Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promiscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.
Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!
Então, na condição onde estive eu sei que tinha legitimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por àquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a […]. Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.
Crédito: Portal g1