Natal deve movimentar R$ 3,1 bilhões na economia do Estado do Rio

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O período mais importante no comércio, as festas de final de ano, sobretudo o Natal, também deverá ser afetada pela pandemia. Boa parte dos fluminenses presentearão familiares e amigos com lembrancinhas em 2020. É o que revela a sondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) feito com 526 consumidores do estado do Rio de Janeiro. Segundo o estudo, realizado entre os dias 1º e 2 de dezembro, cerca de 53% da população pretende presentear alguém no Natal – oito pontos percentuais a menos que em 2019. Aproximadamente 6,7 milhões de pessoas tem a intenção comprar presentes, em 2019 eram 7,7 milhões.

Apesar da redução no número de consumidores que pretendem presentear, o gasto médio teve um aumento, passando de R$ 367,16 em 2019, para R$ 464,50 em 2020. Dessa forma, o IFec RJ estima que a movimentação financeira na economia fluminense deva ser de R$ 3,1 bilhões nesse Natal. No ano de 2019, esse valor foi de R$ 2,8 bilhões. Pode ter contribuído para isto o excesso de recursos destinado à poupança e feito pela população mais rica, em função da pandemia. Dados do IBGE apontam que a poupança brasileira cresceu R$ 80 bilhões entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2020. Aos poucos, esses consumidores podem estar canalizando esses recursos para o consumo.

A pesquisa também procurou entender como serão os gastos de 2020, em relação ao ano passado, entre os que pretendem presentear esse ano (53%). Para 53,6% dos fluminenses os gastos serão menores. Já 26,8% disseram que vão ser iguais e apenas 19,6% afirmaram que serão maiores.

Para o diretor do IFec RJ, João Gomes, apesar do total de volume financeiro de 2020 ser maior que no ano passado por conta dos efeitos econômicos da pandemia, o Natal será dos pequenos presentes. “No levantamento deste ano observamos um grande percentual de consumidores que vão optar por presentes mais baratos, as famosas lembrancinhas. Além disso, vimos um crescimento na porcentagem de pessoas que disseram ter a intenção de gastar menos esse ano que no ano anterior”, destaca o economista.

Entre as opções preferidas estão: roupas (44,1%), lembrancinhas (42,6%), brinquedos (38,6%), calçados, bolsas e acessórios (30,2%), livros ou ebooks (15,8%), perfumes e cosméticos (15,3%), eletrônicos (13,9%), eletrodomésticos (8,9%) e joias e bijuterias (6,4%).

Ao serem perguntados onde farão suas compras, a maior parte dos pesquisados respondeu que se dividiriam entre lojas físicas e online (53,5%), só física (26,7%) e somente online (19,8%). Houve ainda queda importante do percentual de pessoal que farão compras em lojas física, igual a 43,6% no ano passado.

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