A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro prendeu, nessa quarta-feira (31), um empresário paulista ligado a maior facção criminosa do Estado e apontado como um dos maiores fabricantes e distribuidores de medicamentos falsificados e anabolizantes do País.
Nathan foi localizado e preso no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, em Niterói, onde se recuperava de uma cirurgia após ter dado entrada baleado, na noite da última terça-feira (30), em circunstâncias que estão sendo investigadas pela delegacia de Itaipu. Na ocasião, outro homem que estava na companhia de Nathan e que não possui pendência com a justiça, também foi baleado.
Numa ação conjunta, agentes da 76ªDP (Centro/Niterói) e da 81ªDP (Itaipu), uniram -se com policiais do 1º CERCO (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil do Estado de São Paulo e prenderam o empresário de 30 anos, conhecido como Nathan. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão preventiva, pelos crimes de associação criminosa, falsificação ou adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais e exercício ilegal da profissão farmacêutica, expedido pela 15ª Vara Criminal do Foro Central Criminal de Barra Funda/SP.
No hospital o acusado forneceu nome falso e informou que havia sido baleado em uma tentativa de assalto. Contudo, após troca de informações entre as delegacias envolvidas, os agentes iniciaram buscas nos hospitais e clínicas da região. Municiados com informações da Polícia Civil de São Paulo, conseguiram localizar, identificar e prender Nathan.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o “empresário” estava foragido daquele Estado há cerca de 4 meses, desde que os agentes do 1º CERCO (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado) localizaram um grande laboratório onde ele falsificava medicamentos e estocava anabolizantes contrabandeados. Na ocasião foram apreendidos mais de R$1 milhão em medicamentos e insumos. Mas o acusado conseguiu fugir.
Segundo a polícia, Nathan seria integrante da Facção Criminosa que domina o Estado de São Paulo e, por isso, possuía permissão para instalar os laboratórios clandestinos no interior das favelas, evitando, assim, constante ações da polícia.
Vale destacar que em 2017 Nathan também já havia sido alvo da “OPERAÇÃO PROTEÍNA” da Polícia Federal, que investigou e prendeu ele e mais 17 pessoas acusadas de falsificar medicamentos e comercializar anabolizantes ilegais.
O acusado permanecerá sob custódia no hospital e ao receber alta médica será transferido para o sistema prisional onde ficará à disposição da justiça.
Fonte: osaogonçalo