Paraguaios são resgatados em situação análoga à escravidão em fábrica de cigarros

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Os 19 paraguaios encontrados em condições análogas à escravidão em uma fábrica de cigarros clandestina na Baixada Fluminense foram trazidos ao Brasil com os olhos vendados e mediante a promessa de que iriam trabalhar na indústria têxtil.

Eles foram encontrados nesta segunda-feira (20) durante a Operação Libertatis, da Polícia Federal, que tinha como objetivo apurar e reprimir crimes de “tráfico de pessoas, redução à condição análoga à de escravo, fraude no comércio, sonegação por falta de fornecimento de nota fiscal e delito contra as relações de consumo.”

A fábrica ficava no bairro Figueiras.

Segundo a PF, os estrangeiros estavam alojados na própria fábrica e trabalhavam em jornada excessiva: 12 horas por dia, sete dias por semana, em dois turnos — inclusive de madrugada — e sem descanso semanal.

Eles disseram que não sabiam onde estavam e que mantinham contato com apenas uma pessoa, que entregava os mantimentos. Essa pessoa, segundo eles, andava armada e usava uma máscara.

“Os trabalhadores se encontravam em local sem as mínimas condições de higiene, convivendo com animais, esgoto a céu aberto e com os próprios resíduos da produção dos cigarros. Eles não recebiam qualquer remuneração pelos serviços prestados, tinham a liberdade de locomoção restrita e ainda eram forçados a laborar sem equipamentos de proteção”, diz a nota da Polícia Federal.

O grupo será levado à sede da PF, no Centro do Rio.

A operação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Receita Federal. Foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.

Caso semelhante no ano passado

Em julho do ano passado, também em Duque de Caxias, a Polícia Civil do RJ estourou outra fábrica de cigarros em que paraguaios eram mantidos em situação análoga à escravidão.

Os estrangeiros tinham sido trazidos em abril com a promessa de ganhar R$ 500, mas alguns deles disseram que não receberam qualquer salário.

Segundo as investigações, ao chegarem no Brasil, os homens eram levados para a fábrica, onde trabalhavam 30 dias sem direito a descanso. Eles também eram proibidos de deixar o imóvel e tiveram os celulares confiscados.

 

Crédito: g1.globo.com

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