A Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), em conjunto com a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), identificou 22 pessoas responsáveis por organizarem 10 bailes funks durante este mês, em descumprimento aos decretos de enfrentamento à covid-19. Todas elas foram indiciadas com base no artigo 268 do Código Penal (infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa), por promoverem eventos que provocam aglomeração de pessoas.
De acordo com os agentes da especializada, foram levantados bailes realizados na capital e Região Metropolitana. Os eventos, além de provocarem contaminação em grande escala, usam equipamentos de som de grande potência que ultrapassam o limite de decibéis permitidos, perturbando o sossego da coletividade, e não cumprem a resolução que exige prévia autorização dos órgãos governamentais para sua realização em área pública. A investigação levantou ainda que, após a decisão judicial que limitou a atuação das forças de segurança em comunidades em tempo de pandemia, aumentou o número dos eventos irregulares, o que vem causando graves consequências para a propagação da covid-19 no estado.
Ainda segundo os policiais, paralelamente à investigação, foi instaurado inquérito policial para identificação das pessoas que aparecem em vídeos gravados durante um baile funk, na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte, com exibição de armas de fogo de grosso calibre.