A presidente do SindEnfRJ, Mônica Armada, revela que em reunião com Fernando Ferry, antigo secretário de Saúde antes de sua demissão do cargo, ele teria revelado que existe o dinheiro para o pagamento, mas a falta de contrato com as empresas terceirizadas o impedia de quitar as obrigações com os funcionários. O novo secretário começa a exercer o cargo nesta terça-feira (23) e ainda não foi contactado pela entidade.
“A gente começou a negociação antes do antigo secretário sair. Ele deixou claro que tinha o dinheiro, mas o que não tinha era um contrato com as OS. Caso assinasse e liberasse os pagamentos, ele é quem seria o responsável. Por isso, resolveu deixar o cargo”, disse Mônica Armada.
Ferry ficou apenas 36 dias à frente da Secretaria de Saúde do Estado. Ao sair, disse que nunca viu um descalabro administrativo tão grande. Disse ainda que “o poço é mais fundo do que pensava”.
Segundo Mônica, os contratos com as operadoras deveriam ser regularizados pelo ex-superintendente de Orçamento e Finanças, Carlos Frederico Duboc, que está preso. Ela acredita que o TRT possa regularizar a situação:
“A situação está indefinida e não tem data. Acredito que um ato do Tribunal Regional do Trabalho possa ordenar o pagamento dos funcionários, mesmo sem os contratos assinados”, concluiu.