Na terça-feira (03/05), a quadra da União foi tomada pelos foliões, que acompanharam a apuração dos resultados num telão, com direito a “esquenta” com a bateria Maricadência e os intérpretes Matheus Gaúcho e Ito Melodia. Iniciada a leitura das notas, a confiança no título subia a cada quesito, com muita vibração e trechos do samba-enredo entoados na sequência de cada dez recebido pela agremiação.
A abertura dos envelopes do quesito Alegorias foi como um balde de água fria no ânimo dos torcedores: quatro notas 9,9 custaram a perda da liderança, até então dividida com a União de Jacarepaguá. Décimos preciosos foram tirados também pelos avaliadores de Evolução e Harmonia, adiando para 2024 o sonho de levar a escola para a Marquês de Sapucaí.
Objetivo de representar bem a cidade foi atingido, diz carnavalesco
Carnavalesco da escola, Renato Figueiredo lamentou os problemas técnicos que custaram pontos, mas lembrou a máxima de que “carnaval se ganha e se perde na avenida”. “De qualquer forma, o reconhecimento da União de Maricá como um instrumento de representatividade maricaense foi uma grande vitória. Hoje, podemos afirmar que temos uma escola, sim: de arte, cultura, cidadania e samba”, celebrou Figueiredo, acrescentando que já começa os preparativos para o carnaval de 2023.
Secretário de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher de Maricá, João Carlos de Lima, o Birigu, destacou que a União de Maricá sai do desfile com musculatura para voos mais altos, mesmo com a dificuldade de montar um carnaval em meio à pandemia de Covid-19.
“Conseguimos regularizar a documentação da escola, construir uma nova quadra e botar um lindo desfile na Avenida. Assumimos a responsabilidade de substituir o saudoso Mauro Alemão, tarefa nada fácil, em apenas cinco meses. O resultado final é fruto de erros em detalhes, quem erra menos se beneficia. Posso afirmar que fizemos um desfile digno de uma grande escola “, concluiu.