Alerj decreta luto de três dias pela morte do deputado e apresentador Wagner Montes

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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decretou luto oficial de três dias pela morte do deputado estadual, apresentador de TV e deputado federal recém-eleito Wagner Montes que faleceu na manhã deste sábado (26) em decorrência de uma infecção generalizada e falência de múltiplos órgãos.

O velório do parlamentar foi realizado, entre a noite de sábado (26) e o início da tarde de domingo (27), no saguão do Palácio Tiradentes, sede do Parlamento fluminense, e contou com a presença de familiares, amigos e autoridades como o presidente em exercício da Alerj, deputado André Ceciliano, o governador Wilson Witzel, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, o secretário de Estado de Agricultura, Eduardo Lopes, e diversos deputados, colegas de Plenário nas últimas legislaturas, além de novos parlamentares que assumirão seus mandatos no próximo dia 1º de fevereiro.

A alegria do Wagner, sua capacidade de trabalho, e especialmente a habilidade de driblar as dificuldades sempre foram características marcantes de sua personalidade. Hoje perdemos uma grande figura, mas o céu ficará mais divertido” disse o presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano (PT). O governador do Estado, Wilson Witzel, também se pronunciou. “Nós queríamos estar juntos nesta caminhada. Mas, tenho certeza, que se não estaremos fisicamente, estaremos ligados espiritualmente. Vamos estar sempre relembrando este legado dele de trabalho e dedicação”, declarou o governador.

Companheiros de televisão e artistas como os cantores Agnaldo Timóteo e Neguinho da Beija-Flor e o ator Giuseppe Oristânio também estiveram emocionados no Palácio Tiradentes. O carisma de Wagner Montes, tanto na sua vida política como na TV, atraiu ainda mais de 200 populares que foram ao velório homenageá-lo. O saguão ficou repleto de coroas de flores e o caixão foi parcialmente coberto com a bandeira da Beija-Flor.

Muito emocionados, os familiares evitaram falar com a imprensa. Pouco antes do caixão ser fechado, no entanto, a viúva Sônia Lima agradeceu a presença de todos e lembrou a importância de Wagner Montes como pai e marido. Agnaldo Timóteo cantou “Canção da América”, de Milton Nascimento, e “Noites traiçoeiras”, do Padre Marcelo Rossi, e pediu uma salva de palmas para o amigo. Na sequência, Neguinho gritou “Olha o Wagner Montes aí, gente!”. Por volta de 12h30, o corpo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros para o crematório do Cemitério da Penitência, no Caju, onde ocorreu uma cerimônia de despedida fechada para a família e amigos mais próximos.

Início no rádio

Criado no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Wagner Montes conciliou a política com sua carreira como apresentador de rádio e TV. Sua estreia como jornalista ocorreu em 1974, na Rádio Tupi. Na televisão, esteve à frente de diversos programas como “Aqui e Agora”, da Tupi, e “O Povo na TV”, da emissora SBT, onde também atuou como jurado do “Show de Calouros”. Em 2003, mudou para a TV Record onde comandou o “Verdade do Povo”, “RJ no Ar”, “Balanço Geral” e “Cidade Alerta – Rio de Janeiro”.

Advogado, ele teve sua atuação, tanto na TV como na política, sempre marcada pela luta pelo fim das desigualdades sociais e pelo sentimento de solidariedade. Wagner Montes elegeu-se pela primeira vez para a Assembleia Legislativa em 2006 com 111.802 votos. Quatro anos mais tarde, recebeu 528.628 votos, destacando-se como o deputado estadual mais votado da história política do Estado do Rio de Janeiro. Uma resposta das urnas à sua atuação parlamentar, principalmente nas áreas de segurança pública, saúde e educação.

Na eleição de 2014, foi reeleito, mais uma vez, com 208.814 votos, segundo deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro. Na última legislatura, ocupou o cargo de 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Alerj, e chegou a presidir a Alerj em diversos momentos. Em 2018, foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro com 65.868 votos para um mandato que iria até 2022.

Wagner Montes deixou mulher, Sônia Lima, e dois filhos – um, fruto do relacionamento com Sônia; outro, de um relacionamento com a Miss Brasil de 1983, Cátia Pedrosa.

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