Depois das novas declarações da modelo fitness, Bianca Dominguez, sobre a morte do cantor MC Kevin, o delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), irá intimar a loira, a prestar um novo depoimento. Embora na primeira ida à delegacia, em 17 de maio, a moça tenha dito que, pouco antes da queda, mantinha relações sexuais com o funkeiro na varanda, agora ela alega que o artista estava no cômodo discutindo com Victor Elias Fontenelle, o MC VK, tendo, inclusive, pedido ajuda ao amigo e não sido socorrido pelo rapaz. A modelo estava no quarto 502 de um hotel na orla da Zona Oeste do Rio quando o cantor caiu e morreu.
Em entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, o advogado Danilo Garcia de Andrade, que representa Bianca, informou que irá enviar ao Ministério Público do Rio um documento com sete páginas e 115 itens que detalham o episódio e teriam sido lembrados pela modelo após as declarações dadas por ela na 16ª DP. Segundo ele, a briga “acalorada” e “com gestos bruscos” entre MC Kevin e MC VK era sobre a possibilidade de a mulher do funkeiro, a advogada Deolane Bezerra, hospedada na suíte 1305, estar chegando. Os dois estariam em pé, indo para a varanda, e o desentendimento, garante o advogado, teria motivado o funkeiro a passar as pernas pelo parapeito.
– Talvez tenha sido uma tentativa de passar para o andar debaixo ou apenas de ficar pendurado, mas isso nos coloca que não foi apenas um acidente – disse Danilo à TV Record.
Na ocasião, Bianca contou ao GLOBO ter presenciado o momento em que ele “não aguentou se pendurar”. No primeiro depoimento, a modelo contou que MC Kevin passou as pernas pelo parapeito, desceu o corpo e ficou apoiado com as mãos na parte mais baixa da sacada. Ele despencou de uma altura de aproximadamente 18 metros, sofreu 23 fraturas, além de hemorragia na cabeça, perfuração no pulmão e rompimento do fígado. A causa da morte do artista no laudo do Instituto Médico Legal (IML) é descrita como traumatismo crânio encefálico, provocado por ação contundente.
Já o documento produzido por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) concluiu que a queda do cantor “teve como causa aparente um acidente”, que causou a morte do funkeiro, não havendo no quarto 502 indícios de “briga” ou “ações violentas”.
Fonte: Jornal Extra