O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) cumpriram nesta terça-feira mandados de busca e apreensão e de prisão contra funcionários da Vale e responsáveis por licenciamento da barragem que se rompeu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Cinco pessoas foram presas, incluindo três funcionários da empresa, diretamente ligados ao licenciamento, e dois engenheiros que atestaram a estabilidade da barragem.
A operação busca ainda cumprir sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, e conta com a participação de procuradores da República, policiais federais e especialistas nas áreas de mineração, geologia e também informática. O objetivo é apurar a responsabilidade criminal pelo desastre.
Dois dos presos moravam em São Paulo enquanto o restante residia em Belo Horizonte. Os suspeitos foram presos preventivamente e ainda vão ser ouvidos pelo Ministério Público, que vai analisar as provas do caso. As ordens foram cumpridas na sede da Vale na cidade mineira de Nova Lima e em uma empresa paulista que teria prestado serviços na área das barragens.
“Os órgãos de investigação têm trabalhado de forma concatenada para apuração dos graves crimes relacionados com o rompimento da barragem, sendo que as investigações se encontram em andamento”, informou o Ministério Público de Minas.