O comércio ambulante na Rua Uruguaiana, região central do Rio de Janeiro, será oficialmente proibido em breve.
A decisão, tomada conjuntamente entre a Prefeitura e o Governo do Estado, foi anunciada pelo chefe do Poder Executivo carioca, Eduardo Paes, no início da tarde desta quarta-feira (28), via redes sociais.
”Conversei com o governador Cláudio Castro e tomamos a decisão de cumprir as regras do Município, que não permitem ambulantes na Rua Uruguaiana. Ou seja, nas próximas semanas, não serão mais permitidas a instalação de qualquer barraca ou ponto de comércio no espaço público”, escreveu o prefeito em sua conta no ”X”, antigo Twitter.
Paralelamente, Paes afirmou que o poder público tem provas concretas de que diversos celulares roubados no Rio são vendidos – ilegalmente – na Rua Uruguaiana (em outubro do ano passado, inclusive, houve uma operação na região relacionada ao tema).
O prefeito explicou também que a fiscalização na região ficará a cargo da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop).
”Não custa lembrar que temos fartas provas para mostrar que boa parte dos celulares roubados na cidade são comercializados ali [Rua Uruguaiana]. O secretário Brenno Carnevale ficará responsável por implementar as medidas necessárias para cumprir as determinações do prefeito e do governador”, concluiu.
Circulação impraticável e lojas fechadas
Em novembro de 2023, o DIÁRIO DO RIO denunciou um ”túnel azul” formado na Rua Uruguaiana. Trata-se de uma lona utilizada pelos camelôs locais, que tomaram a via, atrapalhando a circulação de pedestres.
O via acabou virando uma espécie de ”shopping” irregular a céu aberto, prejudicando, inclusive, o comércio formal da região, com muitas lojas não resistindo e encerrando atividades.
A situação gerou críticas, por exemplo, do vereador Dr. Rogério Amorim (PSL), que opinou sobre o assunto em coluna no DDR.
Feira de Acari
Em 23/01 deste ano, em decisão similar à desta quarta, a Prefeitura do Rio proibiu a realização da Feira de Acari, na Zona Norte da cidade.
Como justificativa para a decisão, o Poder Executivo carioca cita a necessidade de ordenar e desobstruir a região, além do combate a eventos ilegais – sem autorização municipal -, à venda de produtos sem procedência e ao crime organizado.
Fonte: diariodorio.com
Veja também: Após críticas ao STF e ministros, Malafaia fala em ‘perseguição’ e nos acompanhe nas redes sociais.