Estado do Rio está sem inseticidas para o combate ao Aedes Aegypti

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Dependendo de repasses do Ministério da Saúde, o Estado do Rio de Janeiro está com baixa no estoque de inseticidas utilizados no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como zika, chikungunya e dengue. A informação foi dada pelo superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, Mário Sérgio Ribeiro, durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), que espera que o número de casos das doenças diminuam com a chegada do inverno para não depender dos inseticidas.

Os inseticidas são comprados pelo Ministério da Saúde através de uma licitação internacional. No ano de 2018, o Rio recebeu 17.800 litros do remédio e, até 30 de abril deste ano, 4.800 litros de inseticida.

Na audiência pública, o secretário apresentou dados das arboviroses. Até o início de junho, o Estado do Rio registrou mais de 41 mil casos de chikungunya, mais de 20 mil casos de dengue e 1005 pessoas com zika. 13 pessoas morreram, todas com chikungunya, dez delas na cidade do Rio.

“Temos um diagnóstico alarmante. Já foram 13 mortes por chikungunya este ano, sendo que os especialistas ainda afirmam que a doença não é totalmente conhecida. Também há constantes falhas no diagnóstico e agora a notícia do desabastecimento de inseticidas. Vejo dias muito difíceis no setor de saúde estadual”, disse a presidente da Comissão de Saúde da Alerj, a deputada Martha Rocha (PDT).

O Ministério da Saúde se pronunciou sobre o desabastecimento através de uma nota informativa, no último dia 30 de maio, onde afirma estar trabalhando para minimizar o problema. O desabastecimento teria atingido outros estados além do Rio de Janeiro. O Ministério afirmou ter tentado empréstimo do inseticida com outros países da América Latina, mas os produtos não estavam disponíveis.

“Dessa forma, devido o desabastecimento, reforça-se a necessidade da intensificação das ações de rotina visando diminuir a transmissão de casos, com a realização de visita casa a casa, resgate de imóveis pendentes, mobilização da população e mutirões de limpeza. As ações de controle vetorial devem ser planejadas para serem executadas de forma permanente, promovendo a articulação sistemática com todos os setores do município (educação, saneamento, limpeza urbana, etc)”, diz a nota.

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