Morre catador baleado ao tentar ajudar família alvejada por militares no Rio

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Morreu na madrugada de hoje (18) o catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, de 28 anos, que foi baleado ao tentar ajudar a família que teve o carro alvejado por 80 tiros disparados por militares do Exército em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, no último dia 7 (domingo). Ele estava em estado grave e chegou a passar por duas cirurgias, uma traqueostomia e uma cirurgia no pulmão, mas não resistiu aos ferimentos. Ontem (17), a Justiça havia determinado sua transferência do Hospital Estadual Carlos Chagas para o Hospital Municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias.

Sua esposa, Diana Horrara, está grávida de cinco meses. Segundo informações, a família de Luciano está sendo apoiada pela ONG Rio de Paz, presidida pelo Pastor Antônio Carlos Costa, e o escritório João Tancredo. Até o momento, nove militares envolvidos no caso foram presos preventivamente.

Confira a nota completa divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde:
A Secretaria de Estado de Saúde informa que todos os esforços clínicos necessários foram realizados por profissionais multidisciplinares do Hospital Estadual Carlos Chagas com o objetivo de oferecer o melhor atendimento ao paciente Luciano Macedo, vítima de perfuração por arma de fogo que deu entrada na unidade no último dia 7. 

A SES esclarece que o paciente apresentava estado de saúde gravíssimo desde a entrada na unidade, o que impossibilitava sua transferência. Na tarde desta quarta-feira (17), Luciano passou por cirurgia torácica, mas infelizmente foi a óbito às 4h20 desta madrugada (18/04). 

A SES reitera a confiança nos profissionais da unidade durante o caso e acredita que o atendimento precoce prestado ao paciente foi fator decisivo na busca para salvar a vida de Luciano apesar da gravidade da lesão.

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