Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas extras para produtos exportados. Apesar de o Brasil ter recebido a taxa mínima, de 10%, todos os produtos derivados de aço e alumínio – que são o segundo item mais exportado para os EUA, totalizando cerca de US$ 2,8 bilhões em vendas em 2024 – vão receber uma taxação de 25%, independentemente do país de origem, como já havia sido anunciado no mês passado.
O Brasil recebeu taxa mínima e segundo especialistas isso aconteceu porque a relação do país com os Estados Unidos tem sido favorável aos americanos há bastante tempo. Como exemplo, no último ano, os EUA compraram aproximadamente US$ 40,4 bilhões em produtos do Brasil e venderam cerca de US$ 40,7 bilhões.
Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale comentou que o impacto não será tão grande. “A economia brasileira vai crescer menos, terá um pouco mais de desemprego, mas a guerra tarifária não tem um impacto tão dramático assim no nosso cenário econômico”.
Ainda de acordo com o economista, como os Estados Unidos devem adotar uma postura protecionista, a venda de produtos do agronegócio brasileiro como soja, milho, carne e outros produtos tende a aumentar para países como a China, que recebeu altas taxas.
De acordo com especialistas, mesmo a taxa sendo mínima, a falta de estabilidade do dólar pode encarecer produtos importados e impulsionar a inflação. Porém, em longo prazo, há a possibilidade de que o comércio exterior se volte para o Brasil, aumentando a oferta e consequentemente causando queda de alguns preços.

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*Com informações do UOL.
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