(Romance — Continuação da Parte Publicada na Edição Passada)
Evans era capaz também de absorver parte da energia das jovens através do simples contato físico com elas, embora tal absorção fosse bem menor do que por meio da Holografia. Tinha uma técnica na qual sugava energia/fôlego vital de suas parceiras. E conhecia, além disso, uma prática de assunção/possessão áurica/mental das jovens a fim de controlá-las por meio da força do seu pensamento.
Sabia, ainda, como transmitir mensagens telepáticas através da luz do sol, do ruído de fundo eletromagnético (o constante zumbido que todos têm no ouvido), do vento, dos sonhos e, até, da água das chuvas. E fazia isso não só utilizando os seus sentidos e poderes físicos como também da sua Holografia. Para tanto bastava dispor de alguns átomos (fluídos) das pessoas e suas presumíveis localizações.
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— Todas as comunicações no Universo ocorrem através dos átomos/fótons de luz e/ou de sua energia eletromagnética. Inclusive as informações energéticas para a formação das fotografias (grafias de fótons) – daí o seu nome –; e das holografias – começou a expor Evans na aula inaugural com o tema “Fundamentos da Luz na Fotografia e nas Comunicações” da turma do Curso Técnico em Fotografia de um colégio particular de Petrópolis, para o qual acabara de ser contratada.
— Se nós conseguirmos descobrir um meio de encaixar (gravar, grafar) imagens mentais (fotografias) e ou pensamentos (textos) em vibrações de fótons da luz do sol, por exemplo, seremos capazes de transmiti-las por meio do espaço-tempo para outras pessoas, através de mensagens telepáticas. Processo parecido com o que já acontecem com as fotografias, textos e imagens em mensagens telefônicas, telegráficas e outras que são transmitidas pela luz/energia elétrica com ou sem meios físicos (fios, por exemplo).
— Por isso, não existe fotografia sem luz, pois a fotografia é exatamente isso: a grafia, gravação dos fótons de luz emitidos por imagens em algum meio físico, fixo e/ou móvel (caso dos vídeos e outras imagens animadas). Tais meios podem ser os atuais pixels das máquinas fotográficas digitais, os atuais Dispositivos de Cargas Acopladas (CDDs), ou os sais do antigo processo analógico por intermédio dos filmes e chapas fotográficas.
— As próprias visualizações que temos de estrelas que existiram e se extinguiram há milhões de anos-luz, por exemplo, chegam até nós por meio da luz que elas mesmas emitem/emitiram no espaço-tempo. Se não fosse assim, nem conseguiríamos grafá-las (registrá-las) em fotografias nos seus momentos atuais. Ou seja, o que vemos atualmente são as “mensagens visuais” mandadas por elas e, não, elas próprias. Como de certa forma também acontece nas modernas holografias.
— É interessante observar, ainda, que os antigos filmes fotográficos analógicos não podem ser expostos à luz e têm que ser revelados em uma câmara escura, pois a incidência da luz elimina as mensagens/imagens dos fótons que estão grafados nas “gelatinas” das películas fotográficas.
— Portanto, em um ambiente escuro – sem luz – os fótons não aparecem – ou mesmo não existem – e não podem ser capturados (grafados). Aliás, há uma interessante teoria científica da Física Quântica que diz que nada, afinal, realmente existe sem a incidência e existência da luz. Por isso também a preocupação dos cientistas em descobrir de quê e pelo quê é formada uma certa “matéria escura” que domina e permeia 99 por cento do Universo. Segundo eles, o que vemos iluminado no mundo é apenas um por cento dele. Vocês não acham isso incrível? Concluiu ela, deixando a pergunta no ar para os alunos. (Continua na Próxima Edição).