Estou me formando na pandemia, e agora?
A partir desta edição, eu, Luara Carvalho, psicóloga especialista em carreiras, vou ajudar quem está se formando na pandemia e precisa desenvolver novas habilidades para se inserir no mercado de trabalho. Serão seis edições contendo estratégias práticas para você iniciar e concluir seus projetos.
Nesse espaço, terei comigo a estudante de psicologia, Carolina Góes (@carolinaagoes), que trará a visão de quem está passando por esse momento delicado.
Para começarmos, vamos entender como o mercado de trabalho está se mostrando. No cenário atual, o conhecimento técnico não é suficiente para conseguir uma vaga no mercado de trabalho ou empreender na sua área de formação. Uma das competências necessárias para o mundo laboral de hoje, é a fluência no mundo digital. Lá no meu Instagram, @luaracarvalho.psi, coloco em prática essa habilidade todos os dias.
Quem ainda não usa as redes sociais para se desenvolver profissionalmente, está perdendo uma ótima oportunidade para crescer na sua carreira, quer seja como profissional liberal ou contribuinte individual, quer seja como CLT.
No Brasil, o número de pessoas cursando o Ensino Superior triplicou nas últimas décadas, no entanto, uma pesquisa realizada com quase 9 mil recém-graduados de diferentes estados do Brasil, mostrou que apenas 15% dos diplomados em 2019 e 2020 conseguiram se inserir no mercado de trabalho nas suas áreas de formação.
Mas o que isso quer dizer?
Que os recém-formados precisam se reinventar e vencer os desafios desse momento da carreira, que podem suscitar sentimentos como medo, ansiedade e insegurança. A dificuldade em planejar o futuro amplia a demanda dos estudantes por serviços de orientação profissional e de carreira. Eles buscam estratégias para suprir as barreiras no momento da transição para o mundo do trabalho.
Para a Carolina, uma das grandes dificuldades em planejar a carreira, é a procrastinação. É comum os estudantes sempre deixarem as coisas para depois.
E por que é tão difícil dar continuidade às coisas que pretendemos fazer?
Isso acontece porque sempre que iniciamos algo novo, ficamos animados e cheios de energia para começar. Mas ao longo do tempo, e esse tempo nem precisa ser tão longo assim, já desanimamos. No início, queremos contar para as pessoas essa novidade, mas conforme passam os dias, aquela disposição vai se apagando… apagando… e sempre dizemos aquela famosa frase: “começo na segunda-feira”.
Esse comportamento do “depois eu faço”, atrapalha muito no planejamento de carreira. Você não consegue avançar e acaba nutrindo o sentimento de frustração profissional.
Luara Carvalho é psicóloga e mentora de carreira, mestre e doutoranda em Psicologia Organizacional e do Trabalho.
Publicado na Edição 1008 do Jornal Folha da Terra