Tempo de Busca, tempo de Cura!
Cada tempo possui suas doenças e também sua cura! O que nos tem feito enfermos? O que pode, todavia, servir-nos de remédio e cura?
Será que nossa sociedade não será curada? As maiores dores das pessoas são visíveis? Qual é, na verdade, a maior epidemia dos nossos tempos?
Se o século XX foi o século das grandes guerras, o que faremos com o século XXI? Como podemos mudar de paradigma?
Conseguimos nos tornar adultos na sociedade da positividade e superficialidade? Somos capazes de resiliência diante da tentação constante de acabar com qualquer tipo de dificuldade e sofrimento?
Quantas vezes a resposta está na contemplação e não na ação; inúmeras vezes estará no ser e não no ter, na essência e não na aparência…
Conforme aprendemos na catequese da Igreja, “o pecado é a doença que nos afasta de Deus” e podemos acrescentar que causa estragos à nossa saúde corporal, emocional e social também.
O que Jesus queria dizer quando proclamava: “Filho/Filha teus pecados estão perdoados, vá em paz”? A ação Dele na nossa história, pela Graça secreta e diária do Espírito Santo será sempre a nossa resposta e nosso remédio de cura! E assim Jesus cura, mas não cura simplesmente a doença física, cura tudo, perdoa os pecados, renova a vida do mundo através da cura dos seus filhos e filhas que prefere chamar de ‘amigos’. Todo processo de cura genuína, ainda que passe pela cura física é ao mesmo tempo espiritual, fruto de um encontro pessoal e social, fraterno, existencial.
Diante de tantas ditaduras que vivemos (do relativismo ao negacionismo; da beleza ao digital, do capital ao descarte) precisamos de Deus! Nada é Bom, Belo e Verdadeiro sem Ele! Nada possui consistência se não estamos em comunhão com Ele!
Peçamos a cura ao Senhor, com estas palavras do século IV, de São Gregório de Nissa:
“Se, por uma vida intensa e diligente, lavares de novo as sujeiras que mancham e escurecem o coração, resplandecerá em ti a divina beleza. Como acontece com o ferro, preto antes, retirada a ferrugem pelo polimento, começa a mostrar seu brilho ao sol, assim o homem interior, a quem o Senhor dá o nome de coração, quando limpar as manchas de ferrugem que surgiram em sua forma pela corrupção, recuperará a semelhança com sua principal forma original e se tornará bom”.