No programa ‘Balanço Geral’ desta terça-feira (08), Cláudio Castro, governador em exercício do Rio de Janeiro, afirmou que o Estado já tem um plano de vacinação traçado para conter a pandemia da Covid-19. Contudo, Castro ainda necessita do aval da Anvisa para continuar com a estratégia, admitindo que há R$ 600 milhões destinados para a imunização, que foi o resultado do caixa positivo que o Estado deve fechar este ano.
“Esse não é um debate político, é 100% técnico. O que tenho dito é que estou em diálogo diariamente com o Ministério da Saúde e com a Anvisa. Estamos esperando que as primeiras vacinas sejam cadastradas por eles e estamos em diálogo com várias empresas dessas. Nós não anunciamos ainda porque, na minha visão, eu só posso anunciar de quem for comprar depois que a Anvisa liberar. Sempre foi feito assim em qualquer governo de qualquer coloração partidária. Nós já estamos com nosso plano estadual de imunização pronto, inclusive. Assim que a primeira vacina estiver cadastrada e pronta, a gente vai nela para saber e vão ser dois critérios simples: capacidade de entrega e a Secretaria Estadual de Saúde entender qual que tecnicamente é a melhor”, disse Castro.
O governador ainda ressalta que o maior desafio é aumentar a quantidade de leitos, que já cresceu em 380 na rede estadual, evitando assim que a cidade precise fechar novamente durante o verão. Castro afirma: “E vamos chegar a 400, 500, 600, o que precisar. Enquanto este número estiver atendível, estaremos avaliando esse número quase todo dia. Todo dia eu recebo os números, a gente vai olhando o que precisa e o que não precisa, e fazendo uma grande campanha para que as pessoas, por favor, usem máscara, saiam de casa com o seu álcool gel”.
Castro diz que na época da crise existia muitos leitos devido aos hospitais de campanha, com uma estimativa esperada de cerca de 1.300 leitos disponibilizados após a melhora, com unidades de saúdes dedicadas a Covid-19. “Não dá pra gente ficar fazendo alarde por causa da economia, do verão que vem aí. Quando a gente fala em economia, as pessoas acham que a gente está falando do grande empresário. Mas a gente está falando do pobre, do carregador… É uma cadeia enorme”, completa.
De acordo ainda com o governador, bares, restaurantes, shoppings e mercados foram instruídos a alertarem os funcionários sobre as medidas sanitárias desse período, como a disponibilização de álcool em gel na entrada dos estabelecimentos. “Estou cobrando a cadeia produtiva para que nos ajude isso para que a gente não seja obrigado a fechar. A população tem que ajudar. Estamos fiscalizando duramente os eventos. Só nas últimas duas semanas, quase cem eventos foram fechados e estamos agindo também na liberação. Quem não estiver respeitando, não terá o seu evento liberado”, finalizou Castro.
