Mais de 1.800 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) estão em sintonia com o Presidente Bolsonaro quando o assunto é a vacinação contra Covid. Até o fim do ano passado, 1.880 membros da Força ignoraram a ciência e optaram por assinar um termo em que assumem a responsabilidade por não se imunizarem. A FAB liberou o retorno de não vacinados ao trabalho presencial, mas com a condição de que os militares que não querem se imunizar assinassem o termo de recusa de vacinação.
A maioria do efetivo da Força optou por se proteger. Dos 66.442 militares da ativa, 35.723 terminaram 2020 com as duas doses da vacina, 25.618 com a primeira dose e 775 com a dose única. A dose de reforço foi aplicada em 544 militares da FAB. Os dados foram obtidos pela coluna em 23 de dezembro, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Em artigo publicado no seu site, a FAB informou que 93% do efetivo terminou 2020 com a primeira dose do imunizante e 65% com duas doses ou vacinas de dose única. A publicação diz ainda que 13.658 militares da ativa da Força contraíram a Covid, o que representa cerca de 20% do efetivo total da Aeronáutica.
Em outubro, a coluna revelou que militares da FAB receberam a opção de voltar ao trabalho presencial sem se vacinarem. A condição foi assinar o termo de recusa à imunização. No documento, o militar preenche seu nome e dados pessoais com a seguinte mensagem: “declaro para os devidos fins que me recuso a ser vacinado contra a Covid-19, mesmo sendo encaminhado para a vacinação pela minha Organização Militar e orientado quanto à importância da vacinação para a imunização e proteção da minha saúde, estando ciente ainda que a falta de imunização, neste caso, não importará em não exercício das minhas atividades profissionais habituais”.
Crédito: oglobo.globo.com