A ex-deputada federal Flordelis teria sido flagrada por policiais penais com dinheiro escondido nas partes íntimas, além de números de telefones de advogados escritos por dentro da calça. Esse foi o relato da policial penal Fabiana Borges Ribeiro, ouvida em inquérito na 34ª DP (Bangu), na última quinta-feira (27). O caso, segundo ela, aconteceu após a detenta voltar de uma visita na penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó.
A investigação foi aberta para apurar uma denúncia de extorsão e ameaças a Flordelis dentro da cadeia. A policial penal que prestou depoimento é apontada pela ex-parlamentar, no documento, como uma das responsáveis por “constrangimentos” sofridos.
A policial relata que Flordelis retornava da visita, no dia 4/10, quando foi flagrada dentro do compartimento do scanner corporal, em uma câmera que existe no local, tentando retirar algo da calça. Ela afirma que imediatamente a pastora foi levada para outro setor. Em seguida, Fabiana e outra colega começaram a conversar com Flordelis, que espontaneamente retirou da partes íntimas R$ 72 em espécie.
Segundo a policial penal, foi realizada revista pessoal na presa e foram encontradas anotações na parte dentro de sua calça com telefones de advogados, uma vez que antes dos nomes havia o termo “dr”. Após o episódio, foi aberto novo procedimento disciplinar contra Flordelis pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio.
‘Ato de desespero’
Na notícia-crime, a ex-parlamentar admite que no dia 4 de outubro estava com dinheiro escondido no retorno da visita, e alegou ter agido dessa forma porque estava com quantia acima da permitida. Ela alega ainda que ingressou com o valor “em ato de desespero”, uma vez que estava com dificuldades de pagar o que foi exigido nos episódios de extorsão.
Telefone celular na cela
A ex-parlamentar já foi punida em outro procedimento, após um telefone celular ter sido encontrado em sua cela na cadeia, em maio deste ano. Na ocasião, Flordelis admitiu que usou o aparelho para conversar com o namorado. Na notícia-crime encaminhada à polícia, a pastora afirma que os episódios de extorsão e ameaças tiveram início depois desse episódio.
Fonte: Jornal Extra