Aluno entrega esponja de aço como presente a professora negra no DF

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Uma professora de português da rede pública do Distrito Federal sofreu um ataque racista dentro da sala de aula, no último dia 8 de março. Um aluno do ensino médio entregou um presente para a professora, dizendo ser em homenagem ao Dia da Mulher.

Ao abrir o pacote, dentro havia uma esponja de aço. O caso ocorreu no Centro de Ensino Médio 9, em Ceilândia e foi gravado pelos colegas do estudante.

Nas imagens, é possível ver quando o aluno, de 17 anos, entregou o pacote. A professora ainda exclama: “Gente, recebi um presente!”.

Ao abrir o pacote, ela fica constrangida. Uma aluna diz para a educadora não aceitar o presente, mas a professora diz “tudo o que vai volta” e agradece ao aluno que entregou a esponja de aço enquanto alguns estudantes dão gargalhadas.

A Secretaria de Educação disse que a direção da escola teve conhecimento do ocorrido e que vai se reunir com o estudante e com a professora para mais esclarecimentos. A pasta informou ainda que “repudia qualquer tipo de preconceito e reforça compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos”.

A professora não quis falar sobre o caso. À reportagem, a diretora do Centro de Ensino Médio 9 disse ter pedido que o aluno faça um texto para ser lido em sala de aula, se desculpando com a professora e com os colegas. Além disso, os pais do estudante foram avisados.

Ainda segundo a direção, a escola não fez o boletim de ocorrência porque ainda não ouviu a professora. A investigação será conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente de Taguatinga.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal repudiou a atitude do estudante e pediu rigor na punição.

“É lamentável episódio como esse contra professora em exercício da profissão dentro da sala de aula. Precisa ser apurado com o rigor da lei. É apenas mais um exemplo de como os professores são tratados em sala de aula, os professores precisam ser valorizados, os professores merecem respeito”, disse Samuel Fernandes, presidente do Sinpro.

 

Crédito: g1.globo.com

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