Detran.RJ promove ação em Itaboraí, às vésperas do dia do caminhoneiro, em alerta para os riscos do consumo de álcool e drogas nas estradas

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Bom humor, leveza e acolhimento. Foi esse o clima no quilômetro 7 da rodovia BR 493 (Magé-Manilha), em Itaboraí, na manhã de hoje. A Coordenadoria de Ação para o Trânsito do Detran.RJ promoveu, em parceria com Polícia Rodoviária Federal, Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e concessionária EcoRioMinas, a Operação Educação no Trânsito, que antecipa a comemoração do Dia Nacional do Caminhoneiro, celebrado no próximo sábado.
“Na ação educativa, os caminhoneiros passaram por um circuito com óculos que simulam situações de consumo de álcool, drogas ilícitas e sono. É uma forma de mostrar a eles os perigos que estão correndo nas estradas”, explicou a coordenadora Amélia Fernandes.
Nas duas horas e meia de ação, 59 caminhoneiros passaram pela experiência. Antes mesmo de se submeter ao teste, Paulo Marques da Silva não escondia a empolgação. Motorista de ônibus por 40 anos, Paulo, que trabalha como caminhoneiro há quase quatro, submeteu-se pela primeira vez ao teste com os óculos. “Essa ação deveria ser feita sempre, em todo o Brasil”, elogiou. E deu um conselho aos colegas. “Se um motorista escolhe beber ou usar drogas, deveria abandonar a profissão”.

Nascido e criado nas estradas, William Souza, que roda as estradas do Brasil há trinta anos, se impressionou com o teste. “Saí atropelando tudo. É horrível. Você perde a noção de tempo e espaço”. Emocionado, o caminhoneiro não perdeu a chance de deixar um recado. “O que está faltando no trânsito é amor. Temos que nos ajudar uns aos outros”, disse.

Apesar de estar nas estradas só há nove anos, Wagner Paulo Gurgel já viu muitos acidentes. “Muitos deles poderiam ter sido evitados, mas a falta de paciência e a pressa dos motoristas provocam tragédias”, lamenta. Wagner se espantou sobre a dificuldade do teste com os óculos. “Achei bem difícil ir do início ao fim sem esbarrar nos cones”. O caminhoneiro saiu satisfeito com a experiência e exaltou a ação. “Você tem que escolher a vida. Porque tem sempre uma família que está esperando em casa para um abraço.”

Arilson Batista, com trinta anos de profissão, já participou de ações como essa na Via Dutra. O caminhoneiro gostou de usar os óculos de novo. “Você perde a noção de tudo. Não vê nada. Não sabe onde está situado”,  surpreendeu-se. “Esse teste não é só útil para os caminhoneiros. Ele também protege as famílias que viajam muito.”

Além dos alertas sobre a combinação letal entre álcool e direção, não faltaram cuidados com a saúde e o bem-estar dos caminhoneiros. Uma equipe mediu a pressão arterial de 43 motoristas. E eles ganharam frutas e brindes do Detran.RJ, do sistema SEST/SENAT e da EcoRioMinas, sendo convidados a tomar um tradicional cafezinho antes de voltar para a boleia.

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