Nascido e criado nas estradas, William Souza, que roda as estradas do Brasil há trinta anos, se impressionou com o teste. “Saí atropelando tudo. É horrível. Você perde a noção de tempo e espaço”. Emocionado, o caminhoneiro não perdeu a chance de deixar um recado. “O que está faltando no trânsito é amor. Temos que nos ajudar uns aos outros”, disse.
Apesar de estar nas estradas só há nove anos, Wagner Paulo Gurgel já viu muitos acidentes. “Muitos deles poderiam ter sido evitados, mas a falta de paciência e a pressa dos motoristas provocam tragédias”, lamenta. Wagner se espantou sobre a dificuldade do teste com os óculos. “Achei bem difícil ir do início ao fim sem esbarrar nos cones”. O caminhoneiro saiu satisfeito com a experiência e exaltou a ação. “Você tem que escolher a vida. Porque tem sempre uma família que está esperando em casa para um abraço.”
Arilson Batista, com trinta anos de profissão, já participou de ações como essa na Via Dutra. O caminhoneiro gostou de usar os óculos de novo. “Você perde a noção de tudo. Não vê nada. Não sabe onde está situado”, surpreendeu-se. “Esse teste não é só útil para os caminhoneiros. Ele também protege as famílias que viajam muito.”
Além dos alertas sobre a combinação letal entre álcool e direção, não faltaram cuidados com a saúde e o bem-estar dos caminhoneiros. Uma equipe mediu a pressão arterial de 43 motoristas. E eles ganharam frutas e brindes do Detran.RJ, do sistema SEST/SENAT e da EcoRioMinas, sendo convidados a tomar um tradicional cafezinho antes de voltar para a boleia.