Na última quinta-feira (28), a empresa petroquímica Braskem, participou do seminário “Plásticos e Políticas Públicas: Alternativas & Soluções”, realizado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O evento teve como objetivo reunir representantes do poder público, privado e terceiro setor para fomentar políticas públicas que incentivem o consumo consciente, descarte correto e a reciclagem dos resíduos.
O encontro foi organizado pela petroquímica junto ao Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (SIMPERJ), com parceria da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e Instituto Plastvida.
A cerimônia foi presidida pela 2ª vice-presidente da Alerj, a deputada estadual Tia Ju, com participação do subdiretor geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, Frederico Lima. O debate contou com palestras do presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj), Gladstone Santos; da diretora de Economia Circular da Braskem e presidente da Plastvida, Fabiana Quiroga, e da professora do Departamento de Serviço Social da PUC-Rio, Valéria Pereira Bastos. A mediação foi realizada pela subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Ana Asti,
Tia Ju abriu o seminário destacando a importância de repensar a maneira como o plástico é produzido, usado e descartado. “O plástico desempenha um papel significativo, no entanto, ele precisa ser gerenciado adequadamente. Para isso, é fundamental desenvolvermos políticas públicas, como a reciclagem eficiente, o incentivo às pesquisas e inovações, educação ambiental e o descarte adequado, por exemplo”, explica.
Fabiana Quiroga, da Braskem, falou sobre a importância do plástico para o desenvolvimento sustentável e as iniciativas inovadoras da companhia na promoção do uso e descarte consciente. “O plástico aumenta a vida útil dos alimentos quando usado para armazenagem, reduz em 95% o uso de defensivos agrícolas e é utilizado para fabricação de diversos itens essenciais na área da saúde, entre outras utilidades. Eliminá-lo significa descartar diversos benefícios. Pensando nisso, a Braskem investe em novas tecnologias levando em consideração uma cadeia que agregue valor aos produtos descartados, além de desenvolver programas, como o Cazoolo, e ativações junto a sociedade para promover a educação ambiental e parcerias que geram renda para os catadores”, explicou na ocasião.
Para Gladstone Santos, a indústria de transformação do plástico, que compõe a 3ª geração, e a indústria de reciclagem, da 4ª geração, são fundamentais para a economia do Brasil e do Rio de Janeiro. “Nosso estado é o segundo maior consumidor de plástico, mas detém apenas 4,23% das empresas de transformação desse tipo de produto e representa 3,69% dos empregos deste segmento no país. É importante fazer com que o plástico chegue nas cooperativas para ser reciclado e investir nesse setor para aquecer a economia local”, reforçou.
Ainda sobre a importância do Rio de Janeiro nas mudanças sustentáveis, Ana Asti afirmou que o estado tem o papel de aumentar a destinação correta dos resíduos para evitar que o plástico seja descartado no meio ambiente. “A SEAS trabalha para que a economia circular seja uma realidade dentro das políticas públicas do Estado por meio de iniciativas como a instalação de polos de reciclagens em comunidades, a operação de dezessete eco barreiras na Baía de Guanabara e o programa Retorna Mais, que tem como eixo principal a logística reversa”, disse.