“Eu me sinto mais completo” diz policial militar que recebeu uma mão biônica seis anos depois de perder seu braço numa operação. Leandro Silva de Jesus Sant’Anna recebeu uma prótese elétrica, que permite que ele faça quase tudo que fazia antes. O equipamento é feito de fibra de carbono e reproduz os movimentos do braço perdido.
Em 2019, o agente foi atingido durante operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e teve seu braço amputado, após ficar uma semana internado no Hospital Estadual Alberto Torres. Ele era cabo e agora, foi promovido a terceiro sargento, foi reformado e afastado das ruas.
Leia também: Bandidos com armas circulam de moto em São Gonçalo
Em entrevista ao G1, Leandro conta como se sente com o equipamento: “Eu me sinto mais completo. Mesmo que o braço não faça 100% dos movimentos, como um braço humano, ele me dá apoio, consigo fazer alguns movimentos: pegar um copo, segurar uma bolsa. Então, algumas coisas eu consigo fazer com o auxílio do braço, como se fosse um braço auxiliar. Mas, o mais importante, foi a autoestima e a postura. Isso mudou bastante. As pessoas olham diferente, né?”.
A médica fisiatra da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriana Lustosa Gaspar, também em entrevista ao G1, explica como funciona a prótese: “A prótese funciona com eletrodos que são colocados na pele. Aí, o músculo que ele tem no coto, que é a parte do braço que sobrou, ele, acionando a musculatura que ele tem ali, sendo mais forte ou mais fraca, vai dar origem ao movimento da mão. A prótese dele tem pronação, tem supinação, e tem o movimento dos dedos, além do acionamento do cotovelo”.
De acordo com a PM, a prótese custa entre R$380 e R$400 mil e foi adquirida com recursos do Fundo de Saúde da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Fuspom). O dinheiro vem de um desconto mensal no salário dos agentes e serve como auxílio médico-hospitalar aos policiais e dependentes.
Siga o Jornal Folha da Terra nas redes sociais.