Uma poodle, que era procurada há 15 dias em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, conseguiu encontrar o caminho da casa da família na cidade vizinha, em Arraial do Cabo.
“Docinho” estava na calçada, surpreendendo a tutora no momento em que chegava à casa da mãe, na Praia Grande, por volta das 23h50 deste sábado (5). Tinha sido mais um dia longo e frustrante de busca por bairros de Cabo Frio.
“Olhei pra calçada e Docinho estava lá. Liguei o pisca-alerta do carro, pedi para o carro de trás passar. Desci, cai na rua e fui engatinhando até ela, e chamando: ‘Docinho, Docinho!’. Minha mãe abriu o portão e começou a chorar, minha filha chorando. Docinho que nos achou!”, disse Monique Victer ao g1.
O percurso feito pela cachorrinha dá, pelo menos, 14 quilômetros, mas isso se ela fosse direto. Docinho foi vista, logo depois que desapareceu, perdida, em vários bairros de Cabo Frio.
Desaparecimento
Monique adotou a cachorrinha, vítima de maus-tratos, há 9 anos. Docinho tem problemas cardíacos e, no dia 21 de janeiro, por causa do barulho de fogos, correu para fora da casa, no bairro Portinho, em Cabo Frio, e não foi mais vista.
As buscas foram intensas desde então, gerando grande mobilização nas redes sociais. Monique chegou a contratar carro de som para tentar localizá-la e, devido à angústia, perdeu seis quilos.
A filha de 3 anos, Maria Cândida, estava ficando na casa da avó, justamente para onde Docinho foi. A ideia era que a menina se distraísse um pouco diante do desaparecimento da cachorrinha. Monique conta que é comum ela, a filha e a poodle irem aos fins de semana passear no local e, de alguma forma, a cachorrinha se orientou e conseguiu achar o caminho.
Docinho foi encontrada bem abaixo do peso, com fraqueza, machucada nas patas e com ferimentos na parte traseira. Ela foi levada ao veterinário e medicada para o quadro se estabilizar. Nesta segunda (7), ela voltará ao local para coletar sangue e fazer exames.
Para Monique, o que importa agora é focar na recuperação de Docinho e continuar vivendo feliz com a grande amiga de quatro patas. Ela agradece a todos que se empenharam e se preocuparam com a cachorrinha.
“Teve ligação de São Paulo, do Rio, de pessoas preocupadas com ela, perguntando se apareceu, dando pistas de possíveis paradeiros, muita gente compartilhando. A gente acredita que se ela continuasse desaparecida por mais dois dias, não iria resistir. Ela tinha 14 kg e agora tá com 6,700 kg. Mas ela me achou, pela segunda vez, pois, quando peguei Docinho, que sofria maus-tratos, a intenção era tratá-la e doá-la, mas a gente se apegou uma a outra de tal forma que hoje a gente só vive juntas pra lá e pra cá!”.
Crédito: Portal g1