Para a merenda, camarão! A Prefeitura de Maricá passará a servir o crustáceo para os alunos das escolas municipais da cidade. Segundo o governo, o camarão, cerca de 1.500kg, virá dos tanques do Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá (Ciamar), no Espraiado, e serão encaminhados para as cozinhas de escolas do município e para as cooperativas municipais de pesca. A determinação foi do prefeito Washington Quaquá.
As primeiras unidades a receberem o camarão na merenda serão as localizadas em comunidades de baixa renda, mas antes disso, todos os crustáceos serão descascados e congelados, seguindo as normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Para se ambientarem com o novo ingrediente da merenda, cerca de 30 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Carlos Manoel Costa Lima, em Itaipuaçu, acompanharam o processo de retirar os pescados dos viveiros, chamado despesca. A iniciativa foi da Secretaria de Pesca do município.
A aluna do 5º ano, Stefani Maria, de 11 anos, aproveitou a experiência para conhecer de perto como funciona o processo de despesca até a chegada nos pratos dos alunos, e ao que tudo indica, ela aprovou a experiência.
“Gostei muito dessa atividade aqui. Ainda mais sabendo que os camarões farão parte da nossa merenda. Eu amo empadão de camarão”, comentou a estudante.
Sobre a Ciamar
O centro faz parte de um complexo industrial pesqueiro que inclui, além da produção de crustáceos e rações, o cultivo de tilápias. Os peixes já vêm participando dos testes de ração – os que receberam alimentação própria estão 90 gramas mais pesados do que os que se alimentam com a ração comercial.
O Ciamar é uma iniciativa da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). As instalações ficam na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado. O grande diferencial da produção é o cultivo feito de forma intensiva e com alta tecnologia. Com isso, a densidade do camarão pode ser muito maior do que a criação tradicional.
Com a técnica do Ciamar, que usa os bioinsumos, micro-organismos que fazem o tratamento da água, o resultado pode chegar a 800 camarões por metro cúbico. Outra vantagem é que esse tipo de criação pode ser realizado em áreas menores. Ao todo, são 10 tanques de cultivo, com 450 mil litros, quatro espaços berçários e a fábrica de ração, onde um equipamento específico produz 350 quilos de ração por hora, cerca de 2,45 toneladas por dia.

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