Cemitério de ambulâncias na Baixada Fluminense RJ

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Em plena pandemia do coronavírus, uma parte importante da saúde de Seropédica, na Baixada Fluminense, está sucateada. Ao menos 16 ambulâncias estão abandonadas numa garagem sob responsabilidade da Secretaria municipal de Serviços Públicos. Do total, quatro veículos são do projeto Mãe Coruja, que foram entregues ao município em 2015 pelo governo do estado. O novo prefeito da cidade, Lucas Dutra dos Santos, o Professor Lucas (PSC), acusa a antiga administração, sob o comando do ex-prefeito Anabal de Souza, de ter abandonado as ambulâncias no local.

— Quando cheguei, nem cadeira tinha para eu sentar. Isso aconteceu na nossa frota também, mas o caso das ambulâncias chamou mais atenção porque a Saúde não para — afirma o prefeito.

Na garagem da secretaria não estão apenas ambulâncias sem motores, pneus e equipamentos como macas. A frota de sucatas reúne ônibus, caminhões e veículos para o serviço administrativo, alguns fabricados a partir de 2013. É o caso de um Tiguan, modelo 2015, cujo motor sumiu.

Diante do problema, a prefeitura resolveu improvisar na frota da Saúde, comprando veículos menores, os chamados “Kinder ovo”. São 12 miniambulâncias, das quais, segundo o prefeito, várias já estão precisando de reparos.

A Secretaria municipal de Saúde diz que estão em operação três ambulâncias do Samu: uma na UPA 24h, uma na unidade pré-hospitalar e outra na Clínica da Família. O transporte de pacientes que se tratam fora da cidade é feito numa van e em três veículos menores.

Procurado pelo EXTRA desde quinta-feira da semana passada, o ex-prefeito Anabal de Souza não foi encontrado para comentar as acusações de Professor Lucas. O novo prefeito afirma ainda que há casos de veículos oficiais que foram abandonados em locais de difícil acesso, além de denúncias de roubos de peças e motores.

Prefeitura vai analisar o que pode ser salvo

Do sucateamento encontrado na garagem, segundo o prefeito Professor Lucas, não escapam nem as ambulâncias adquiridas pela prefeitura no governo passado. De acordo com a nova administração, alguns dos veículos novos estão quebrados por falta de cuidados.

A funcionária pública Eliza Francisco da Silva, de 46 anos, já precisou do serviço de ambulâncias e não conseguiu ser atendida. Após ser diagnosticada com câncer, há dois anos, ela tinha que fazer tratamento em Nova Iguaçu, mas, pela falta da ambulância, precisou arcar com todos os custos.

— Liguei várias vezes e nunca tinha vaga, nunca podiam me levar. Tive que tomar partido e pagar a passagem do próprio bolso para conseguir me consultar — conta Eliza.

Professor Lucas afirmou ter acionado a Procuradoria Geral do Município para tomar as providências jurídicas. Disse ainda que vai analisar quais veículos podem ser recuperados para a frota da cidade.

 

Fonte: extra.com

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