Esse é apenas um resumo, para assistir a entrevista na íntegra, basta acessar o vídeo no final desta página
A instalação de 85 câmeras na cidade, o aumento do efetivo de policiais militares de plantão, a instalação de um polo tecnológico do estado e ainda o processo judicial em que é réu e foi condenado em primeira instância, foram alguns dos assuntos abordados pelo prefeito de Tanguá, Rodrigo Medeiros, em entrevista na Live da Folha do último dia 11. Ele contou ainda sobre as dificuldades encontradas para administrar a prefeitura com o baixo orçamento, e a parceria com os governos estadual e federal para conseguir recursos para a cidade.
“Assumi em 1º de janeiro de 2021 com um orçamento de R$ 103 milhões. Se dividir isso em 12 parcelas iguais, vai chegar a pouco mais de R$ 8 milhões ao mês, absolutamente incipiente para as demandas que estão presentes. Não é uma opção caminhar ombro a ombro com o governo do estado, é uma necessidade. Realizamos no exercício fiscal de 2021, um orçamento de R$178 milhões, e projetamos a peça orçamentária de 2022, com 88% de crescimento em relação ao exercício anterior nos apoiando nas instâncias de governo federal e estadual”, explicou Medeiros.
Segurança
Na área da segurança pública, o prefeito contou que está investindo em algumas estratégias como o aumento do efetivo de policiais militares da cidade, com a assinatura do convênio com a Coordenadoria do Programa Estadual de Integração na Segurança (CPROEIS), que elevará o número de policiais militares de plantão por dia, de seis, para 16, e ainda a instalação de câmeras por conta da entrada do município no Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública da Baixada Fluminense (CISBPBAF).
“Licitei e contratamos uma empresa que vai instalar agora o monitoramento eletrônico de toda a cidade. Estamos instalando mais de 85 câmeras mapeando todas as entradas e saídas de Tanguá. Além do mapeamento eletrônico, nós estamos fazendo o cercamento eletrônico, que vai permitir que quando ingressar, nos limites do município, um veículo com uma placa de produto de roubo, ou com alguma restrição na Polícia Civil ou Polícia Militar, ele imediatamente caia no nosso Centro Integrado de Comando e Controle, e compartilhe essas informações com o Consorcio Intermunicipal de Segurança Pública da Baixada Fluminense. Como a gente está dentro desse consórcio, essas informações são com- partilhadas com todos os ententes vinculados a ele, nesse caso a Polícia Civil, Militar, e PRF”, contou Rodrigo.
Qualificação profissional Além da instalação do campus da FAETEC em Tanguá, em setembro do ano passado, o prefeito contou que uma de suas lutas é para que a população tenha qualificação profissional e consequentemente consiga melhores empregos e melhor renda. Para isso, firmou uma parceria com o governo do estado para a instalação de um polo tecnológico – ao todo, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação vai instalar oito polos no estado. Rodrigo explicou que tudo será construído em uma área já adquirida pela Prefeitura em Duques, distrito de Tanguá.
“Com o polo tecnológico, vem junto a Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), vem a Fundação Cecierj, com um conglomerado de instituições de nível superior. O município adquiriu uma área de 5 mil metros, em Duques, e está ofertando aquela área para o estado. O governo já realizou o primeiro RDC (regime diferenciado de contratação), e estão na análise documental”, disse Rodrigo, que ainda revelou haver a possibilidade das obras começarem até o final de abril.
Processo
Ao final da entrevista, Rodrigo falou sobre o processo que responde e foi condenado, em primeira instância. Ele foi chefe de gabinete em Guapimirim entre dezembro de 2013 a janeiro de 2015. Sobre ele, recaem duas acusações, supressão de processo e associação criminosa. Mas o prefeito questiona a decisão, que ainda cabe recurso, já que o conteúdo do processo se refere a um período em que ele não trabalhava na cidade, segundo ele.
“Fui arrolado no processo. Jamais recaiu sobre mim nenhuma acusação de corrupção, desvio de dinheiro ou de qualquer coisa que o valha. O que tinha era um processo antes de mim. Esse processo evidentemente foi ao gabinete. Depois que eu saí em 2015, em 2018, esse processo foi objeto de solicitação do Ministério Público pra que pudesse remeter ao MP, e a prefeitura, por alguma razão que eu não sei porque já não estava mais lá, não remeteu. E não tendo remetido, os agentes do Ministério Público foram pessoalmente a prefeitura buscar. Quando chegaram lá, a prefeitura foi verificar no sistema, e por uma razão que eu também questiono, constava que o último movimento desse processo era da chefia de gabinete do período em que eu estava lá. Por conta disso, a promotora decidiu me arrolar. Houve recentemente um julgamento, e para minha surpresa (foi condenado), já ingressei tanto com meu embargo de declaração, quanto com a apelação criminal. Apesar de respeitar, entendo que ela cometeu uma injustiça por que se quer eu estava lá”, justificou Rodrigo.
Lívia Louzada
Lívia Louzada