Cinco dos nove suspeitos de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, marido da ex-deputada federal Flordelis, serão julgados pelo Tribunal do Júri de Niterói na manhã desta terça-feira (12). O julgamento foi dividido em duas seções pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói. A decisão foi tomada por conta da quantidade do número de acusados. A primeira sessão acontecerá amanhã a partir das 9h.
O filho biológico de Flordelis, Adriano dos Santos Rodrigues, e os filhos adotivos André Luiz de Oliveira, e Carlos Ubiraci Francisco da Silva, além do ex-PM Marcos Siqueira Costa e sua esposa Andrea Santos Maia serão julgados na primeira sessão. Na segunda sessão, marcada para o dia 9 de maio, serão julgados Flordelis, as filhas Simone dos Santos Rodrigues e Marxy Teixeira da Silva, além da neta Rayane dos Santos Oliveira.
Flordelis, presa desde 13 de agosto do ano passado, teve o seu mandato de deputada federal cassado dois dias antes, no dia 11, após a Câmara dos Deputados aprovar a retirada do cargo da pastora. O plenário acompanhou a resolução aprovada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Apenas 7 deputados votaram contra a cassação enquanto 437 votaram a favor.
A pastora responde por homicídio triplamente triplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Dois filhos de Flordelis já foram condenados por envolvimento no crime. Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da ex-deputada, foi condenado a 33 anos e 20 dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Ele foi acusado de atirar contra Anderson do Carmo.
Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo de Flordelis, foi condenado na mesma sessão por homicídio triplamente qualificado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi acusado de ter comprado a arma usada no assassinato.
Crédito: O São Gonçalo