Agentes da Guarda Municipal de Maricá começaram, nesta segunda-feira (12/08), um treinamento de capacitação no Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) da Polícia Militar (PMERJ), na Cidade Nova, do Rio de Janeiro. No total, 33 servidores – incluindo membros da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e três guardas femininas – receberam instruções sobre técnicas de controle de distúrbios civis.
A capacitação tem duração de uma semana e abrange tanto instruções teóricas quanto práticas, proporcionando aos participantes a especialização essencial para lidar com o restabelecimento da ordem em ocorrências diversas. Dentre os conteúdos abordados estão as Técnicas e Táticas de Operações de Controle de Distúrbios, Uso Diferenciado da Força e Tecnologia de Menor Potencial Ofensivo – como o armamento não-letal adquirido recentemente pela corporação.
“A capacitação regular de nosso efetivo se faz necessário para estarmos preparados para quaisquer adversidades que nossa atividade fim nos submete. A excelência e expertise das ações do Batalhão de Choque da PMERJ em ocorrências de controle de multidões e grandes eventos muito contribuirá para as nossas atividades no município”, comentou o secretário de Ordem Pública e Gestão do Gabinete Integrado (Seop), Julio Cesar Veras, que também é coronel da Polícia Militar.
O comandante da Guarda Municipal, Carlos Eduardo dos Santos, comentou o processo de capacitação permanente da corporação, que mantém um Centro de Estudos com qualificações periódicas para o efetivo.
“A nossa instituição está, efetivamente, em um processo evolutivo, seja de ações, de atribuições que a gente não tinha, de crescimento das demandas. Estamos nesse processo evolutivo e necessitamos, obviamente, de capacitação para áreas que a gente nunca atuou. Precisamos nos reciclar praticamente a todo momento, e demonstra a importância dessa qualificação permanente”, pontuou.
O coordenador do Centro de Estudos da Guarda Municipal, inspetor Diego Rodrigues de Oliveira, acredita que a formação continuada garante mais segurança profissional e jurídica no dia a dia. “Hoje, além da formação básica, que habilita o candidato a ser Guarda Municipal, vemos que há a necessidade de uma formação continuada para que o guarda tenha domínio do dinamismo das ações e tecnologias. Assim, garantimos um melhor serviço em prol da população. O treinamento no BPChoque é uma ação inicial de preparação para grandes eventos, jogos de futebol no Estádio de Maricá, e o Centro de Estudos forma, auxilia, intermedia e capacita os guardas municipais para melhor servir”.
Grupamento Maria da Penha
Os agentes que compõem o Grupamento Maria da Penha (GMAP), especializado em atender demandas de mulheres vítimas de violência, também participaram de uma capacitação durante o 3º Encontro Estadual de Guardas Municipais com Capacitação de Diretrizes na Lei Maria da Penha, que aconteceu em Guapimirim nos dias 07 e 08/08.
Cinco agentes do grupamento participaram do curso “Combate à Violência Doméstica”, que contou, ainda, com agentes de outros 16 municípios do Estado do Rio. Dentre o conteúdo ministrado está a apresentação do programa Mulher Mais Segura, de Guapimirim; a história da Lei Maria da Penha e suas atualizações; descumprimento de medidas protetivas e fiscalização; acompanhamento da assistida e rede apoio; princípios de atuação para atender vítimas de violência doméstica; impactos da violência doméstica infantil; e papel do Ministério Público no combate à violência doméstica.
“A integração entre forças de segurança de outras cidades nos proporciona maiores informações, celebração de novas parcerias e implementação de novas técnicas que auxiliam no enfrentamento e combate à violência contra mulher”, contou o guarda municipal Luan Rocha, coordenador do Grupamento Maria da Penha.
As vítimas de violência doméstica podem solicitar acompanhamento da Guarda Municipal por meio da Casa da Mulher, que fica na Rua Vereador Luiz Antônio da Cunha, 50 – Centro, ou por meio dos telefones (21) 96809-1516 (Disk Seop) e 153 (Guarda Municipal). Após o primeiro atendimento, as equipes do Grupamento Maria da Penha ficarão responsáveis pelo acompanhamento de cada caso, incluindo visitas domiciliares e orientações por mensagens via aplicativo.
Os agentes atuam 24 horas. Vale frisar que, de acordo com o tipo de violência sofrida, a vítima será acompanhada pelos agentes do Grupamento Maria da Penha até a delegacia. Em caso de violência física ou sexual, os guardas a acompanham para a unidade de saúde, para o atendimento necessário.
Veja também: Correios emitem alerta para novo golpe que envolve compras feitas pela internet e nos acompanhe nas redes sociais.