Um vídeo que mostra uma cena de desrespeito contra trabalhadores circula e gera indignação nas redes sociais. No melhor estilo “você sabe com quem está falando?”, uma mulher aparece intimidando os funcionários de um quiosque na Zona Sul do Rio e declara: “Vocês não são nada perto de mim”.
O caso aconteceu no quiosque da Geneal no Baixo Bebê, no Leblon. As imagens foram feitas por um dos funcionários ofendidos. É possível ver que a mulher aponta para as pessoas do lado de dentro do estabelecimento e faz ameaças.
“Vocês mexeram com a mulher errada. Eu sou filha de homem poderoso”.
Um rapaz, então, responde as ofensas e ela chega a avançar sobre ele, quando é contida por um homem que a acompanhava. Ele a leva em direção a um carro preto, que estava parado na rua, enquanto ela continua gritando:
“Sou filha de juiz, de gente poderosa”
De acordo com o gerente do estabelecimento, Rafael de Oliveira Francisco, não foi a primeira confusão com a mulher em um quiosque da Geneal. Na semana anterior ao incidente, ela havia se desentendido com funcionários da unidade da Praia de Ipanema. É nessa outra unidade que trabalha Júlio, o rapaz que responde as ofensas e de quem ela se aproxima de forma mais agressiva.
“Ela passou pelo quiosque do Baixo Bebê com um grupo de amigos e reconheceu o Júlio. Foi aí que começaram as ofensas”, conta Rafael.
Ainda segundo o gerente do quiosque, ao peceber que estava sendo gravada, ela chegou a amenizar o tom.
“Na hora que ela viu a gravação, ficou até mais calma. Antes, ela foi extremamente homofóbica, elitista e racista com os funcionários”.
Família pede desculpas
A família da mulher que aparece nas imagens se pronunciou sobre o caso. Por telefone, o pai dela, geólogo aposentado, explicou que a filha neste momento encontra-se internada, em tratamento para dependência em álcool e drogas. O homem, que pediu para não ser identificado, disse que ligou para o quiosque Geneal do Baixo Bebê e pediu desculpas à gerência e a funcionários que foram ofendidos.
“Eu não sou juiz, eu não sou poderoso, não sou nada. Só sou um aposentado. Liguei para o quiosque e pedi desculpas, é o que eu posso fazer. Mas não estou justificando, de forma alguma, o que minha filha fez. Quando ela sair da clínica ela poderá responder pessoalmente pelos atos”, declarou.